Você é refém das expectativas?
Ao falar de autoconhecimento a gente sempre se depara com
expectativas. E não tem jeito de não lidar com elas, porque a vida na Terra é
uma realidade de relações, sonhos, anseios, laços. E cada uma dessas coisas
traz consigo o risco da expectativa. No caminho da posse de si é extremamente
importante trabalharmos essa questão em nós para termos sucesso.
Crescemos com uma educação que em algum momento autua
terceiros pelo que ocorre conosco ou nos ensina que existe algo no outro que
precisamos para sermos completos. Sendo assim, dessas crenças brotam os
condicionamentos à nossa felicidade. E deles, surgem as expectativas. Expectativa
nada mais é do que nutrir alguma esperança acerca de algo, esperar por aquilo,
contar com. É depositar lá fora ou nas pessoas uma espera que é nossa.
Pois é, e expectativa cria desilusão, decepção. Porque, quem
quer nutri-las deve aceitar o fato de que elas podem ser ou não,
correspondidas. E a pergunta que fica é: Você banca a situação, no caso de um
“não”? Você sabe lidar com isso? Na maioria das vezes não. Por isso as pessoas
sofrem tanto com essas situações.
Então, como lidar com as expectativas? O melhor remédio é,
sem dúvida, a humildade. Aceitação do real, do seu e dos outros. Infelizmente,
nossas escolhas vão desagradar alguém. É normal e inevitável. As escolhas dos
outros também podem nos desagradar. E precisamos abandonar a missão de ter que
arrancar sorrisos e aprovações de terceiros. É preciso parar de achar que
nossas escolhas magoam terceiros. São eles que se magoam com elas. Não somos
responsáveis pelo que esperam de nós ou imaginam a nosso respeito.
Somos responsáveis pelas expectativas e idealizações que
criamos. Teremos de responder pelas nossas próprias. E a cura em nós também
segue o mesmo caminho, humildade, aceitação, lidar bem com o real e entender
que o ideal é uma fôrma mental, particular. E não necessariamente a realidade
precisa se adequar a ela. Aquilo que nutrimos, cabe a nós resolver, pôr um fim
ou levar adiante.
É nossa decisão viver à mercê de nossas expectativas ou ser
senhor delas. Assim como é nossa escolha viver para corresponder à expectativa
e ideal alheio ou bancarmos com humildade a realidade e verdade de quem somos,
mesmo que isso custe algumas caras feias. Pois no final das contas, quem gosta
mesmo de nós vai nos aceitar como somos. Vai amar o nosso real e não esperar
ver na gente o reflexo do ideal delas.
Levando isso pra vida, você pode viver de expectativas e
idealizações ou escolher viver na humildade, pé no chão, aceitação do real.
Sonhar, imaginar, desejar, tudo isso é parte de quem somos. Mas quando somos
movidos por aquilo que citei acima de bom, não damos espaço à ilusão,
justamente provocada por um viver pautado em expectativas. Na humildade criamos
o real e na expectativa nos prendemos ao ideal. Qual dos dois você escolhe?
Crer é a chave!
Vinícius Francis :-)
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