A vida é um eterno recomeço…
A vida e seus recomeços…
Um novo brotar. Renascer. Ressignificar. Quantas vezes a
vida pede para que o nosso olhar mude, para que o nosso olhar foque no
essencial: aquilo que vem de dentro. Parece que ao longo do caminho a gente vai
se deixando de lado. Esquecemos que só cuida do outro quem cuida de si.
Esquecemos que só pode dar amor que alimenta diariamente o amor que tem por si.
Esquecemos nossa força, protelamos em histórias sem futuro por falta de foco,
esse mesmo em nós. Não viramos a página em paz e são tantas as vezes que
poderíamos apenas seguir. Pegamo-nos perdidos na constante inconstância da
vida. Por que relutamos tanto perante o novo?
Nos distraímos com tudo. Se não temos como meta o cuidado de
si mesmo, podemos nos deixar escapar. Um namoro, um trabalho, saúde, problemas
familiares, são tantas possibilidades de nos tirar do centro. São tantas as
possibilidades de nos deixar envolver. E assim ficamos presos, ficamos
perdidos, perdemos nosso valor perante as tribulações. Chega um dado momento que ressignificar é a
única saída. Descobrimos que nascer e morrer são ações diárias. Todo dia
nascemos para um zilhão de coisas. A cada dia morremos outro tanto de coisas.
E essa dinâmica da vida quando compreendida, só nos
impulsiona. Esse olhar mais leve é o que nos tira do fundo de qualquer poço.
Sim, às vezes é preciso ir lá, mas assim também chega a hora de não mais
voltar. Chega a hora de descobrir que a vida pode ser mais simples. Chega a
hora de reaprender a virar cada página e comemorar cada capítulo.
Somos uma sementinha que jamais cansa de brotar. E quando
nossas raízes encontram terras boas para seu alimento, florescer e dar frutos é
inevitável. Renascer é nossa escolha. Renascer é aprender com cada marca da
alma sem precisar caminhar com a ferida aberta. Renascer é o compromisso do
olhar para dentro sempre, até quando a gente está seguro que nada irá abalar
nossas estruturas. Renascer é manter acesa a chama da fé em si, a chama do amor
por si.
E porque será que relutamos? Talvez seja o medo nos cegando.
Talvez seja o descaso nos dominando. Talvez seja a gente sendo pequeno por não
conhecer o tamanho de nosso potencial. Somos grandes, quando queremos. Somo
grandes, quando amamos. Somos grandes quando aceitamos que a vida sempre será
imprevisível e que esse é o real charme dela. Somos grandes quando nos
permitimos renascer, nos permitimos transbordar de amor.
A vida é um eterno recomeço, do primeiro ao último dia.
Ellen Pederçane
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