O
que significa ter atitude?
Quando se fala em ter atitude, na realidade estamos falando
sobre ter um determinado tipo de atitude. Mais que um imperativo, isso pode ser
um norte. Algumas atitudes facilitam nossas vidas.
A expressão “ter atitude” tornou-se popular, especialmente
quando se fala de bom desempenho e conquistas. Embora se assuma que essa
expressão tenha um significado claro, é possível que não seja assim para muitas
pessoas. Afinal, a palavra “atitude” tem um significado muito amplo, e todos nós
temos uma atitude, seja ela qual for.
Mas, o que é atitude? O dicionário a define como “um estado
mental que se expressa de uma determinada maneira“. Também dá outro
significado: “postura” e indica que isso se aplica tanto a pessoas quanto a animais.
Dicionários mais especializados destacam que trata-se de uma
“disposição nervosa e mental“, resultado de experiências prévias, que determina
o modo como cada pessoa responde a cada evento.
Como podemos ver, o significado de ter atitude não está
claro, assim como a forma de cultivá-la. Vamos nos aprofundar.
Ter atitude
Existem centenas de definições para a palavra atitude.
Talvez uma das mais adequadas seja a de Solomon Asch: “As atitudes são disposições
duradouras formadas pela experiência anterior“. Nela, a palavra-chave é “disposição”
ou inclinação.
Então, em resumo, a atitude é a predisposição que temos às
pessoas, situações e coisas. Nesse sentido, todos nós temos uma ou várias
atitudes. Não é possível passar pela vida sem atitude. Então, por que se supõe
que ter atitude é uma virtude própria apenas de alguns?
Os tipos de atitude
Quando se fala em ter atitude, na realidade, está se falando
sobre ter um tipo de atitude específica. No entanto, é conveniente mencionar
que existem muitos tipos de atitudes e várias delas podem estar na mesma pessoa
simultaneamente. De fato, também é possível que duas atitudes diferentes
coexistam diante do mesmo objeto ou situação.
As atitudes podem ser classificadas em vários grupos: em
termos afetivos, de ação, de motivação, de relação com os outros e de análise
de estímulos. Vejamos essa classificação com mais detalhes:
Atitude em termos afetivos. Pode ser positiva, negativa ou
neutra. Positiva se predominam emoções de aceitação frente à algo ou à alguém;
negativa quando ocorre o oposto; neutra se não há predomínio de algum efeito.
Atitudes de ação. Pode ser proativa ou reativa. No primeiro
caso, predomina a iniciativa e tendência a agir autonomamente. No segundo, a
passividade e o conformismo.
Atitudes associadas à motivação. Refere-se à intenção com a
qual se age. Compreende as atitudes interessadas, quando há um objetivo
individual a alcançar, ou altruístas, quando se busca o bem coletivo.
De relação com os outros. Define o tipo de interação
estabelecida com os outros. Esta pode ser manipulativa, colaborativa, passiva,
agressiva, assertiva e permissiva.
De valorização de estímulos. Envolve a maneira usual de
responder a estímulos, tanto internos quanto externos. Pode ser racional ou
emocional, de acordo com a predominância da razão ou das emoções.
A atitude como meta
Todos nós construímos nossas atitudes em relação ao mundo e
em relação a nós mesmos de acordo com nossas experiências anteriores.
Naturalmente, o ideal é que sejamos positivos, proativos, altruístas,
colaborativos e racionais. Toda essa combinação quase perfeita é o que muitos
chamam de “ter atitude”.
No entanto, nem sempre é possível reunir todas essas características
louváveis. Além disso, não é possível manter essa excelente disposição em todas
as situações e sob todas as circunstâncias. Seria razoável entender a ideia de
ter uma atitude como ter um propósito e um norte, não uma obrigação constante.
Em que isso nos ajuda? As atitudes que correspondem a essa
expressão nos levam a ter uma vida mais fluida. Além disso, contribuem para
evitar o aparecimento de conflitos e/ou obstáculos. Também facilitam e
enriquecem a relação com os outros e nos permitem cultivar a resiliência. Por
isso, é bom tê-las sempre em mente.
Fonte: a mente e maravilhosa
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