Osho – A diferença de paixão e compaixão
Perguntaram a Osho:
Toda vez que você fala sobre transformar paixão em
compaixão, algo em meu coração dispara; mas, ainda assim, eu não entendo o que
isso significa. Você poderia explicar isso para mim de novo?
Osho:
A energia chamada paixão é sempre dirigida a alguém. Ela é
possessiva, e porque é possessiva é feia.
Transformar a paixão em compaixão significa que sua energia
para o amor não é dirigida a ninguém em particular, é simplesmente o seu
perfume, é simplesmente a sua presença, é simplesmente o jeito que você é.
Assim quem quer que chegue perto vai se sentir seu amor – e
isso é não-possessivo.
O amor possessivo é uma contradição em termos, porque
possessividade significa que você está reduzindo a outra pessoa a uma coisa.
Apenas coisas podem ser possuídas, não pessoas. Apenas coisas podem ser propriedades, não
pessoas.
A qualidade essencial das pessoas que as diferencia das
coisas é a sua liberdade, e a posse, a dominação, destrói a liberdade.
Assim, por um lado você acha que você está amando uma
pessoa, por outro lado você está destruindo a própria essência dela.
Compaixão é soltar o amor das garras de possessividade.
Então, o amor é apenas um brilho suave, sem direção, sem
endereço.
Você simplesmente transborda-o porque você está cheio dele,
não é uma questão de apenas pensar.
A paixão tem que passar por todo o processo de meditação
para se tornar compaixão.
A meditação vai tirar toda a possessividade, a dominação, o
ciúme, e deixar apenas a pura essência, o puro perfume do amor.
Apenas um homem profundamente enraizado na meditação pode
ter compaixão.
Portanto, quando eu digo para você transformar a sua paixão
em compaixão, eu estou dizendo para você deixar a sua energia ser purificada,
por meio da meditação, de tudo o que há de lixo nela.
Deixe-a tornar-se simplesmente uma fragrância disponível
para todos.
Então ela não destrói a liberdade de ninguém, mas
intensifica-a, e no momento em que seu amor aumenta a liberdade de alguém o
amor se torna espiritual.
Fonte: Palavras de Osho
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