Aceitar As Pessoas Como São Não Nos Obriga A Conviver Com
Elas
Por Marcel Camargo
É preciso tolerar e aceitar as pessoas como elas são, porém,
conservando-nos o direito de nos afastar cordialmente de quem não nos agrada.
A tolerância é uma necessidade urgente neste mundo violento
de hoje, em que uma simples discussão no trânsito pode chegar a provocar
mortes. A intolerância é a mãe do preconceito, da exclusão, do racismo, de
tudo, enfim, que segrega, separa e agride o que não se aceita, o que não se
acha normal, o que incomoda sem nem haver razão. Sim, é preciso tolerar e
aceitar as pessoas como elas são, porém, conservando-nos o direito de nos
afastar cordialmente de quem não nos agrada.
Devemos saber discordar sem ofender, sem tentar impor o que
pensamos como verdade absoluta – isso é arrogância burra. Necessitamos ouvir o
que o outro tem a dizer, por mais que não enxerguemos ali razão alguma, mesmo
que o que disserem ou fizerem seja exatamente o contrário de tudo o que temos
como certo. Desde que não nos ofendam, nem ultrapassem os limites de nossa
dignidade pessoal, os outros terão o direito de viver o que bem quiserem.
Por força maior, como o emprego ou a família,
inevitavelmente estaremos sujeitos à obrigação de conviver ao lado de pessoas
com quem não simpatizamos ou cujas idéias não se afinem minimamente com as
nossas. No entanto, sempre poderemos escolher quem ficará ao nosso lado nos
momentos mais preciosos de nossa jornada, enquanto construímos nossa história
de vida, de luta e de amor.
Da mesma forma, conseguiremos nos desviar de quem nos
desagrada, afastando-nos das pessoas que nada nos acrescentam, sem precisar
criticá-las ou brigar com elas. Sim, podemos – e devemos – aceitar as pessoas
como elas são, pois isso é o mínimo que se requer, em se tratando de sociedade,
porém, não seremos obrigados a conviver além do necessário, além do suportável,
além do adequado, com gente que enche a paciência e nos irrita. Isso seria
masoquismo.
http://www.portalraizes.com/aceitar-as-pessoas-como-sao-nao-nos-obriga-conviver-com-elas/
Nenhum comentário:
Postar um comentário