sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Katchinas, os amigos espaciais dos índios hopi



Katchinas, os amigos espaciais dos índios hopi



Espalhados por vários estados dos EUA, mas concentrados no Arizona, os índios da etnia hopi constituem um mistério. Eles afirmam que seus antepassados foram visitados por seres que se deslocavam em naves espaciais e dominavam a arte de cortar e transportar enormes blocos de pedra, assim como de construir túneis e instalações subterrâneas. 

Durante a trajetória da humanidade, descobrimos que a percepção do conhecimento pode levar à sabedoria ou à perdição do buscador. Esse é o olhar inerente a toda aventura humana desde o momento em que vislumbramos a possibilidade de acessar a inteligência. A ele alude, por exemplo, a lenda de Teseu e Ariadne, encenada no Labirinto de Dédalo, em Cnossos, na ilha de Creta. O esquema do dito labirinto, que se repete em desenhos parecidos em diversas culturas da Antiguidade, tal como aparece gravado em moedas cretenses antigas, é idêntico a outros dois — um encontrado em uma cruz rúnica dinamarquesa e outro que simboliza a Mãe Terra entre os índios hopi norte-americanos.

A verossimilhança dos ditos esquemas, que formam partes do simbolismo próprio de culturas tão diferentes, como essas três, é realmente assombrosa e segue sendo um grande enigma para os buscadores da verdade. Também assombroso é o fato de a mitologia mediterrânea apresentar características muito semelhantes entre os índios hopi. Sua tradição, ainda viva, vincula sua origem a contatos com seres de forma humana que dispunham de aparelhos voadores em formato de discos.

RESSENTIMENTO DO ÍNDIO

Os textos clássicos latinos, assim como os anais laurencianos que davam conta da campanha de Carlos Magno, descrevem diversos avistamentos do gênero. As tradições dos hopi são exatamente iguais, nas quais nos deteremos no momento.


Eles vivem hoje em reserva confinada no estado norte-americano do Arizona. Seu povoado principal se chama Oraibi e é o mais antigo lugar ininterruptamente habitado da América do Norte.
Esse é o ponto pesquisado pelo engenheiro da NASA Joseph F. Blumrich, famoso por ter reconstruído o esquema da nave vista pelo profeta Ezequiel, conforme textos bíblicos. Ele vive em Laguna Beach, na Califórnia, no limite da reserva dos hopi, e desde 1971 mantém amizade com o índio ancião White Bear [Urso Branco], que narrou a ele, pacientemente, antigas recordações de seu povo, parte da atual tradição viva.

White Bear foi um dos líderes dos hopi, um homem sábio, membro do chamado Clã dos Coiotes e do Tribunal Tribal dos Hopi. Ele falava usando sentenças bem pensadas e somente se exprimia com certa dose de desconfiança quanto ao seu interlocutor. No tom de sua voz transparecia o ressentimento do índio norte-americano com o homem branco, que tanta dor e sofrimento causou a seu povo.

Mas Blumrich conquistou sua simpatia e confiança, e, assim, o engenheiro dispõe hoje de grande acervo de informações sobre tais indígenas. “Quando eu conto nossa história, deve-se ter em mente que o tempo não é um fator de importância. Hoje em dia, o tempo surge como algo importante, que complica tudo e vira obstáculo. Mas a história do meu povo mostra como o tempo não era importante, a exemplo de como não era importante para o próprio Criador”, declarou o ancião indígena.

De acordo com a tradição dos hopi, a história da humanidade é dividida em períodos que eles chamam de mundos, os quais estariam separados por terríveis catástrofes naturais. O primeiro mundo sucumbiu pelo fogo. O segundo, pelo gelo. E o terceiro, pela água. Por conclusão, vivemos no quarto mundo. No total, segundo os indígenas, a humanidade deverá passar por sete mundos. Não sendo comprovados historicamente os dois primeiros mundos, a memória tribal dos hopi remonta à época do terceiro, cujo nome era Kassakara. Esse, na verdade, era o nome de um imenso continente alegadamente situado no espaço ocupado atualmente pelo Oceano Pacífico, chamado Kasskara, ou “País do Leste”, cujos habitantes tinham a mesma origem que os de Kassakara.

POTENTES ARSENAIS ATÔMICOS

Indígenas desse outro país começaram a se expandir e a conquistar novas terras, atacando Kassakara ante a oposição desta ao domínio, e o teriam feito com armas nucleares potentíssimas. Isso nos leva a comparar tal mitologia com aquelas das epopeias hindus, descritas em obras como o Mahabarata e Bhagavad Gità, de milhares de anos, que se referem a armas nucleares de grande poder de destruição, usadas por tripulantes de naves celestiais chamadas de vimanas. Potentes arsenais atômicos usados na Antiguidade também remetem às deflagrações de Sodoma e Gomorra, impossíveis de se descrever e só pensáveis hoje em dia. Não se sabe como diferentes mitologias, perpetuadas por civilizações terrestres que não se conheceram, milênios atrás, são tão semelhantes e referem-se a fatos idênticos.

Seja como for, durante o conflito entre os nativos do outro país e os habitantes de Kassakara, aqueles que foram selecionados para sobreviver e serem salvos para o mundo seguinte foram colocados “embaixo do escudo”, na linguagem hopi, de modo que os projéteis inimigos não os acertassem, visto terem sido escolhidos por razões superiores — os projéteis eram destruídos no ar. Repentinamente, o País do Leste desapareceu sob as águas do oceano, por causas desconhecidas — o bíblico dilúvio? Também Kasskara começou a inundar gradativamente, forçando os hopi a buscarem um novo habitat. Neste instante, entram em ação novos personagens desta fantástica história, os katchinas, que ajudaram os eleitos da etnia hopi a se transladarem para as novas terras. Esse fato teria marcado o fim do terceiro mundo e o começo do que seria o quarto.

“De acordo com a tradição dos hopi, a história da humanidade é dividida em períodos que eles chamam de mundos, os quais estariam separados por terríveis catástrofes naturais”

Tais misteriosas figuras já eram conhecidas há bastante tempo. Desde o primeiro mundo os humanos estavam em contato com os katchinas, palavra que pode ser traduzida por “veneráveis sábios”. Eram seres visíveis, de aparência humana e que nunca foram tomados por deuses. Eram vistos somente como seres evoluídos, com conhecimento e superior aos humanos. Eram capazes de se locomover pelo ar em velocidade gigantesca ou aterrissar em qualquer lugar. Mas como eram seres corpóreos, precisavam de naves voadoras para seus deslocamentos, que, tal como nas crônicas romanas e de Carlos Magno, recebiam diversos nomes.

White Bear explica que os katchinas eram muito estimados, uma elite com a qual sua gente sempre estivera em contato. Seriam provenientes do planeta Toonaotekha, muito distante do Sistema Solar, e estariam visitando a Terra desde tempos remotos. Eles eram divididos em três categorias: os sábios geradores, os mestres e os guardiões da lei. Logo com a primeira das três categorias vê-se clara analogia com outras lendas míticas, pois também com os hopi, de maneira misteriosa, os katchinas geraram diversos homens. O ancião era perfeitamente cônscio da mística desses nascimentos e os descrevia: “Por mais estranho que possa parecer, jamais houve relações sexuais entre humanos e katchinas, e mesmo na ausência total do ato sexual, mulheres hopi eleitas engravidaram deles”.

GRANDE SABEDORIA

O Popol Vuh, a crônica central da tradição maia, afirma algo semelhante. Os primeiros homens foram gerados “sem pai” e eram chamados apenas de “os gerados”. Suas progenitoras os tinham como que em um passe de mágica, por milagre. O Popol Vuh também diz que, entre os gerados, houve homens de grande sabedoria e inteligência. Por sua vez, White Bear, que não leu essa crônica maia, sabia pela crônica dos hopi que os katchinas eram “homens milagrosos, poderosos, sempre prontos a ajudar, jamais a destruir”.

O chefe White Bear descreveu os artefatos usados pelos katchinas para se moverem na atmosfera terrestre: “Se uma carapaça tiver cortada sua parte inferior, e sobre ela for adicionada outra que tiver cortada sua parte superior, teremos um corpo em formato de lentilha. Esse é basicamente o aspecto de um disco voador. Hoje em dia, os katchinas já não se manifestam na Terra. Suas danças, tão conhecidas na América do Norte, são interpretadas por homens e mulheres em simbolismo aos seres que nos visitavam antigamente”. Ocasionalmente, os katchinas podiam ter aspecto estranho e usavam artefatos interessantes, como pulseiras, colares, munhequeiras etc.

Para que as crianças hopi se acostumassem com seu visual, fabricavam peças idênticas, para que usassem em seus corpos. É notável a semelhança com a etnia Xikrin, dos índios Kayapó, do Alto Xingu brasileiro, que também se ornamentam em referência a um ser espacial chamado Bep-Kororoti [Veja edição UFO 139, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. Hoje em dia, tais artefatos são produzidos preferencialmente para turistas e colecionadores. Ponto crucial da epopeia hopi é o fim dos antigos habitantes de Kasskara. A população da época, de acordo com a recordação dos nativos, foi levada da Terra por três caminhos diferentes. Os selecionados ou escolhidos foram transportados pelo ar nos discos voadores dos katchinas — chamados de “escudos voadores”, os mesmos que os protegiam de ataques inimigos —, enquanto o restante da população teve que percorrer enormes distâncias a bordo de barcas.

“TOCADA PELO RAIO”

Conta a tradição hopi que a viagem por mar se efetuou por um rosário de ilhas em direção noroeste, estendendo-se até a América do Sul. A nova terra onde chegaram recebeu o nome de Tautoma, que significa “tocada pelo raio”. Tautoma foi também o nome da primeira cidade que os hopi ergueram na margem de um grande lago. De acordo com conhecimentos atuais, essa cidade seria Tiahuanaco, entrada para o lago Titicaca, na fronteira do Peru com a Bolívia. O terceiro caminho usado para o êxodo ainda estaria para ser revelado. Posteriormente, um cataclismo teria convulsionado Tautoma e a destruiu, motivo pelo qual a população foi dispersa por todo o continente sul-americano. Durante um longo período, os homens procedentes do Oceano Pacífico foram se dividindo em grupos pelos dois continentes, alguns na remanescente América do Norte, outros nas novas terras da América do Sul. Alguns desses grupos, em companhia dos katchinas, iam em missões de paz tentar ajudar os habitantes sobreviventes de Kasskara.

Os hopi formaram parte do grupo de tribos que imigraram na direção norte, e suas lendas recordam certo período em que atravessaram densa selva e, outros, em que toparam com paredes de gelo que lhes impediram de avançar para o norte e voltar. O engenheiro Blumrich, comentando quão surpreendentes possam ser essas tradições, recorda que hoje em dia elas seguem vivas em diversas cerimônias. Muito tempo depois das migrações, todavia, clãs que conservaram as antiquíssimas doutrinas hopi se reuniram para construir uma localidade de importância transcendental, a Cidade Rosa, que seria a atual Palenque, na península mexicana de Yucatán. Nela, foi estabelecida a Escola de Aprendizagem, cuja influência se pode perceber em alguns hopi.

Os instrutores eram os katchinas, que ensinavam quatro conceitos: história dos clãs; natureza, plantas e animais; a origem do homem, sua estrutura e funções físico-psíquicas; o cosmos e sua relação com o Criador. Após um período de enfrentamento entre outras cidades estabelecidas em Yucatán, seus habitantes abandonaram a região e foram para o norte. Durante aquela época turbulenta, os katchinas abandonaram a Terra. Os poucos clãs que mantiveram vivo o antigo saber se juntaram mais tarde em Oraibi, que existe até hoje. Eis a razão de especial importância desse local. Após ter recolhido todas as informações possíveis sobre os katchinas, Blumrich chegou a interessantes conclusões.

RECHAÇANDO PROJÉTEIS INIMIGOS

Primeiro, que tais seres não foram considerados em nenhum momento como divindades, o que é muito significativo e demonstra que os hopi eram um povo esclarecido quanto às origens cósmicas deles. Segundo, o katchinas se situavam em um plano cósmico de intervenção direta com qualquer ser humano.
Tinham corpo físico, aparência humana e, em muitos aspectos, comportam-se como humanos. Além disso, dispunham de conhecimentos muito superiores aos dos homens e tinham artefatos voadores e um escudo que rechaçava projéteis inimigos à elevada altura. Terceiro, e, também muito importante, eram capazes de gerar filhos sem contato sexual. A tudo isso se somam, ainda, as habilidades que os humanos aprenderam com eles, sendo a mais notória o corte e transporte de enormes blocos de pedra, além da construção de túneis e instalações subterrâneas.

As afirmações e constatações de Blumrich sobre os hopi podem ser confirmadas observando-se os costumes de seus imediatos vizinhos, os índios da etnia Zuni e povos que, junto com os hopi, formam o grupo de comunidades indígenas de agricultores do atual Arizona. Assim, por exemplo, os zuni, cujos templos são câmaras cerimoniais subterrâneas, conservam o culto à Serpente Emplumada, que consideram uma divindade celeste, o que indica a origem mexicana de certos elementos religiosos que exaltam diretamente Quetzalcoatl, deus identificado como Kukulkán e Gucumatz — também uma serpente voadora. Desta forma, chegamos às narrações dos hopi, que afirmam haver se estabelecido durante certo tempo nas terras de Yucatán. Os zuni rendem igualmente culto aos katchinas, que para eles são mensageiros e intermediários entre as divindades do céu e o ser humano.

Deve-se levar em conta outro fato curioso: esses povos indígenas praticam a arte da pintura a seco, de areia ou de pólen, em seus altares nas cerimônias religiosas. A origem dessa arte é desconhecida, mas é a mesma praticada no Tibete e em algumas tribos da Austrália. Blumrich afirma ainda que os hopi relatam que os discos voadores dos katchinas se deslocavam a enormes velocidades graças ao impulso de uma força magnética natural do planeta. Em relação a isso, o engenheiro argumenta que nem nós nem os hopi sabemos do que se trata concretamente. Para os nativos, nós nem sequer saberíamos ao certo o que é a gravidade. “No dia em que a humanidade lograr decifrar esse enigma, surgirá a possibilidade de voar sem limitação alguma pela atmosfera e pelo espaço”, dizia White Bear.

TRIPULANTES DE ARTEFATOS CIRCULARES

Como curiosidade, voltando ao que se afirma dos hopi, Jonathan Swift, em sua obra As Viagens de Gulliver, revelou dados astronômicos corretos acerca dos satélites de Marte, que, em sua época, não poderia saber. O fato foi comprovado por nossos astrônomos 150 anos depois. Swift disse a Gulliver — personagem central da obra — que tais dados foram comunicados por tripulantes de artefatos circulares, como os escudos voadores dos katchinas, os vimanas hindus ou os atuais discos voadores, que eram ainda controlados e movidos a magnetismo. A força magnética sobre a qual tanto falam os hopi serviria para deslocar os discos voadores.

E quanto ao escudo capaz de fazer explodir projéteis inimigos em pleno ar, recorda Blumrich que os russos estão desenvolvendo, já há alguns anos, hastes de prótons capazes de aniquilar foguetes em voo. Também nos Estados Unidos estão sendo realizados ensaios secretos com raios elétricos através do Projeto Haarp, que têm a mesma função [Veja edição UFO 128, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. Enfim, voltando ao começo deste trabalho, repetimos que a percepção do conhecimento pode levar à sabedoria ou à perdição do buscador. Sua capacidade de entender os mistérios do passado, reordenando-os em sequência lógica, sem a deturpação histórica que se fez dos fatos, ao sabor de interesses diversos, pode ser decisiva para que seja reescrita a verdadeira história da espécie humana. E o que nela se verá é uma íntima relação entre nossos antepassados e seres espaciais, que parece terem frequentado nosso planeta tanto ou mais do que nós próprios.

Fonte: Revista UFO
Créditos: ALEXANDRE JUBRAN


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