“Separar-se
dói, mas também pode ser uma benção”
Monja Coen
Nem sempre enxergamos as separações com bons olhos, porque
representam o encerramento de uma fase de nossas vidas, e encerramentos nos
forçam a sair de nossas zonas de conforto e buscar novos caminhos para seguir.
No entanto, se pensarmos sobre isso, podemos perceber que
uma separação pode ser uma grande bênção, porque nos permite nos libertarmos
daquilo que nos impede de evoluir e buscarmos uma realidade que realmente
queiramos viver.
A separação pode ser como um despertar. Por muito tempo
estivemos com uma pessoa que não trazia o melhor em nós, e por algum motivo,
optamos por manter o relacionamento, mas um dia nossos olhos se abrem para a
imensidão do universo e para o nosso valor pessoal, e conseguimos finalmente
ver que existe muito mais para nós do que uma vida mediana.
Ser mãe solteira, não
significa que você não possa continuar lutando por seus objetivos e por sua
felicidade!
Não deixe que o tempo
decida por você!
Fique tranquilo! Toda
cura que você mentalizar chegará em forma de bênção até você!
Decidir se afastar de uma pessoa com a qual tem vivido por
muito tempo, muitas vezes é necessário, mas isso não significa que precisa ser
traumático. É possível realizar uma separação de maneira madura e positiva,
mantendo o respeito como prioridade.
“É possível separar-se de alguém com respeito e com ternura.
É possível um divórcio verdadeiramente amigável.
Mas para isso é preciso que as duas pessoas envolvidas no
processo de desfazer um laço de intimidade tenham amadurecido o suficiente para
conhecer a si mesmas.
Caminhamos lado a lado com algumas pessoas em alguns
momentos da vida.
Minha professora de hatha ioga, Walkiria Leitão, comentou em
uma de nossas aulas:
“A vida é como atravessar uma ponte. Nem sempre as pessoas
com quem iniciamos a travessia são as mesmas que nos cercam agora ou com quem
chegaremos do outro lado. Mas sempre há alguém por perto. Nunca estamos sós.”
O medo da solidão, muitas vezes, faz com que as pessoas
suportem o insuportável. Ou se lamentem após uma separação, apegadas até mesmo
ao conflito conhecido.
Ainda há mulheres que sofrem violências morais e até mesmo
físicas de seus companheiros ou companheiras.
Ainda há homens que sofrem violências morais e até mesmo
físicas de suas companheiras ou companheiros.
Como dar limites? Como conhecer esses limites?
Quando os limites são desrespeitados, as dificuldades
começam. Dificuldades que podem levar à separação e ao divórcio. Dificuldades
que podem levar ao sofrimento filhos e filhas, animais de estimação, amigos,
familiares.
Caminhamos lado a lado. Ou não.
Quando nos afastamos e nos distanciamos, nunca é repentino.
Um processo que, se desenvolvermos a clara percepção da
realidade do assim como é, poderemos prever, antecipar e até mesmo alterar o
desenvolvimento do processo.
Entretanto, se não conseguirmos antever o que já acontece,
se colocarmos lentes fantasiosas sobre a realidade, poderemos nos desiludir e
nos sentirmos traídos na confiança mais íntima do ser.
Professor Hermógenes, um dos pioneiros do yoga no Brasil,
fala sobre a criação de uma nova religião chamada “desilusionismo”:
“Cada vez que temos uma desilusão estamos mais perto da
verdade, por isso agradecemos.”
Se você teve uma desilusão é porque não estava em plena
atenção. Mas não fique com raiva nem de você nem da outra pessoa.
Nada é fixo. Nada é permanente.
Saber abrir mão, desapegar-se – até da maneira como tem
vivido – é abrir novas possibilidades para todos.
Por que sofrer? Por que manter relações estagnadas ou de
conflito permanente? Ou como transformar essas relações e dar vida nova ao
relacionamento?
Apreciar e compreender a vida em cada instante é uma arte a
ser praticada.
Separar-se dói, confunde, mexe com sonhos e estruturas
básicas de relacionamentos.
Separação pode ser também uma bênção, uma libertação de uma
fantasia, de uma ilusão.
Observe em profundidade. Será que ainda é possível restaurar
o vaso antigo?
No Japão, as peças restauradas são mais valiosas do que as
novas. Têm história, emoção, sentimento.
Cuidado com o eu menor. Cuidado com sentimentos de rancor,
raiva, vingança. Esses sentimentos destroem você, mais do que as outras
pessoas.
Desenvolva a mente de sabedoria e de compaixão. Queira o bem
de todos os seres. Isso inclui você.
Cuide-se bem e aprecie a sua vida – assim como é –,
renovando-se a cada instante e abrindo portais para o desconhecido, o novo –
que pode ser antigo, mas novo a cada instante.
Mantenha viva a chama do amor incondicional e saiba se
separar (se assim for) com a mesma ternura e respeito com que se uniu.
Esse é o princípio de uma cultura de paz e de não violência
ativa.
Que assim seja, para o bem de todos os seres.
Mãos em prece.”
Uma visão poderosa, que nos mostra que, ao contrário do que
muitas vezes somos levados a acreditar, a separação respeitosa existe e está
diretamente relacionada às atitudes de cada um de nós.
Você
concorda com a Monja Coen?
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Fonte:
O Segredo
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