CULTIVANDO A COMPAIXÃO: COMO AMAR A SI MESMO E AOS OUTROS
Thich Nhat Hanh
Tradução Tamyres Bertanha
A meditação Metta é a prática de cultivar a compreensão,
amor e compaixão olhando profundamente, primeiro para nós mesmos e depois para
os outros. Uma vez que amemos e cuidemos de nós mesmos, nós podemos ser muito
mais úteis aos outros. A meditação Metta pode ser praticada em partes ou na
íntegra. Apenas dizer uma linha da meditação metta já irá trazer mais compaixão
e cura ao mundo.
Amar é, primeiramente, aceitar nós mesmos como realmente
somos. Por isso nessa meditação do amor, “Conhece-te a ti mesmo” é a primeira
prática de amor. Quando nós praticamos isso, vemos as condições que nos levaram
a ser do jeito que somos. Isso torna mais fácil nos aceitarmos, incluindo nosso
sofrimento e nossa felicidade ao mesmo tempo.
Metta significa “bondade-amorosa” em Pali. Começamos isso
com uma aspiração: “Que eu possa ser”. . . Então transcendemos os níveis da
aspiração e olhamos profundamente para todas as características positivas e
negativas do objeto da nossa meditação, nesse caso nós mesmos. A disposição
para amar ainda não é amor. Olhamos profundamente, com todo nosso ser, para
compreender. Nós não apenas repetimos as palavras, ou imitamos outros, ou
lutamos por algum ideal.
Quando nós praticamos, nós observamos quanta paz, felicidade
e leveza já temos em nós. Notamos se estamos preocupados com acidentes ou
infortúnios, e quanta raiva, irritação, medo, ansiedade ou preocupação já estão
em nós. Conforme nos tornamos conscientes desses sentimentos, nossa
auto-compreensão se aprofundará. Nós veremos como nossos medos e falta de paz
contribuem para nossa infelicidade, e veremos o valor de nos amarmos e
cultivarmos um coração de compaixão.
Nessa meditação de amor, “raiva, aflições, medo e ansiedade”
referem-se a todos estados mentais nocivos e negativos que habitam em nós e nos
levam a paz e a felicidade. Raiva, medo, ansiedade, fissura, ganância e
ignorância são as grandes aflições do nosso tempo. Pela prática de viver em
atenção plena, somos capazes de lidar com elas, e nosso amor se traduz em ação
efetiva.
Isso é a meditação de amor adaptada de Visuddhimagga(O
Caminho da Purificação) por Buddhaghosa, uma sistematização dos ensinamentos de
Buda do século cinco.
Para praticar a meditação de amor, sente-se imóvel, acalme
seu corpo e sua respiração, e recite para si mesmo. A posição sentada é
maravilhosa para praticar isso. Sentando imóvel, você não estará muito
preocupado com outros assuntos, então você poderá olhar profundamente para si
mesmo como é, cultivar seu amor por você mesmo, e determinar as melhores
maneiras de expressar esse amor no mundo.
Que eu esteja em paz, feliz e leve no corpo e espírito.
Que ela esteja em paz, feliz e leve no corpo e espírito.
Que ele esteja em paz, feliz e leve no corpo e espírito.
Que eles estejam em paz, felizes e leves no corpo e
espírito.
Que eu esteja seguro e livre de qualquer mal.
Que ela esteja segura e livre de qualquer mal..
Que ele esteja seguro e livre de qualquer mal..
Que eles estejam seguros e livres de qualquer mal.
Que eu esteja livre de raiva, aflições, medo e ansiedade.
Que ela esteja livre de raiva, aflições, medo e ansiedade.
Que ele esteja livre de raiva, aflições, medo e ansiedade.
Que eles estejam livres de raivas, aflições, medo e
ansiedade.
Comece praticando essa meditação de amor em você mesmo. (Eu)
Até que você esteja apto a amar e cuidar de você mesmo, você não pode ser de
grande ajuda aos outros. Depois disso, pratique em outros (“ele/ela”, “eles”) –
primeiro em alguém que você goste, depois em alguém neutro, em alguém que você
ame, e finalmente em alguém que o simples pensamento já te faz sofrer.
De acordo com Buda, o ser humano é feito de cinco elementos,
chamados skandhas em sânscrito. Eles são: forma (corpo), sentimentos,
percepções, formações mentais e consciência. De certa forma, você é o prefeito,
e esses elementos são seu território. Para saber a situação real dentro de si
mesmo, você tem que conhecer seu território, incluindo os elementos dentro de
você que estão em guerra um com os outros. A fim de trazer harmonia,
reconciliação e cura para dentro de si, você tem que compreender a si mesmo.
Observar e escutar profundamente, inspecionando seu território, é o começo da
meditação de amor.
Comece essa prática olhando cuidadosamente para seu corpo. Pergunte:
Como está meu corpo nesse momento? Como estava no passado? Como estará no
futuro? Depois, quando meditar sobre alguém que você gosta, alguém neutro para
você, alguém que você ama, e alguém que você odeia, comece também olhando os
aspectos físicos. Inspirando e expirando, visualize seu rosto, seu jeito de
andar, sentar e falar, seu coração, pulmões, rins, e todos os órgãos em seu
corpo, tomando quanto tempo você precisar para trazer esses detalhes para a
consciência. Mas sempre comece com você mesmo. Quando você enxergar seus cinco
skandhas claramente, a compreensão e o amor surgirão naturalmente, e você
saberá o que fazer e o que não fazer para cuidar de si mesmo.
Olhe dentro do seu corpo para ver se ele está em paz ou
sofrendo de alguma doença. Olhe para a condição dos seus pulmões, seu coração,
seu intestino, seus rins, e seu fígado para ver as reais necessidades que seu
corpo tem. Quando o fizer, você comerá, beberá e agirá de forma a demonstrar
seu amor e sua compaixão pelo seu corpo. Normalmente você segue hábitos
pré-estabelecidos. Mas quando olha cuidadosamente, você vê que muitos desses
hábitos prejudicam seu corpo e mente então você tenta transformar seus hábitos
em caminhos favoráveis a boa saúde e vitalidade.
Em seguida, observe seus sentimentos – sejam eles agradáveis
desagradáveis ou neutros. Sentimentos fluem em nós como um rio, e cada
sentimento é uma gota d’água nesse rio. Olhe para o rio dos seus sentimentos e
veja como cada sentimento surge. Veja o que tem impedido você de ser feliz, e
faça seu melhor para transformar esses itens. Pratique tocar o admirável e
refrescante elemento de cura que existe em você e no mundo. Fazendo isso, você
se torna mais forte e capaz de amar a si mesmo e aos outros.
Então medite sobre suas percepções. O Buda observou, “A
pessoa que mais sofre nesse mundo é a pessoa que tem muitas percepções
incorretas, e a maioria das nossas percepções são errôneas.” Você vê uma cobra
no escuro e entra em pânico, mas quando seu amigo acende uma lanterna, você vê
que é apenas uma corda. Você tem que saber quais percepções erradas causam seu
sofrimento. Por favor, escreva a frase: “Você tem certeza?” em letras bonitas
em um pedaço de papel e pregue-o a sua parede. A meditação de amor ajuda você a
aprender a olhar com clareza e serenidade para melhorar sua percepção.
Em seguida, observe suas formações mentais, as ideias e
tendências dentro de você que te levam a falar e agir como você. Pratique olhar
profundamente para descobrir a verdadeira natureza das suas formações mentais –
como você é influenciado pela sua consciência individual e também pela
consciência coletiva da sua família, antepassados e sociedade. Formações
mentais nocivas causam muita perturbação, formações mentais saudáveis trazem
amor, felicidade e libertação.
Finamente, olhe para sua consciência. De acordo com o
Budismo, consciência é como um campo com todos os tipos de semente nele:
sementes de amor, compaixão, alegria e tranqüilidade, sementes de raiva, medo e
ansiedade, e sementes de consciência plena. Consciência é o depósito que contém
todas essas sementes, e todas as possibilidades de qualquer coisa que possa
surgir na sua mente. Quando sua mente não está em paz, pode ser por causa dos
desejos e sentimentos armazenados em sua consciência. Para viver em paz, você
tem que estar atento às suas tendências, seu uso de energias, para que você
possa exercer algum autocontrole. Isso é a prática de cuidados de saúde
preventivos. Olhe cuidadosamente para a natureza dos seus sentimentos e
encontre suas raízes, para ver quais sentimentos precisam ser transformados, e
nutrir sentimentos que trazem paz, alegria e bem-estar.
Você pode continuar com as seguintes aspirações, primeiro
para si mesmo, depois para os outros:
Que eu aprenda a olhar para mim mesmo com olhos de
compreensão e amor.
Que eu aprenda a olhar para ela com olhos de compreensão e
amor.
Que eu aprenda a olhar para ele com olhos de compreensão e
amor.
Que eu aprenda a olhar para eles com olhos de compreensão e
amor.
Que eu possa reconhecer e tocar as sementes de alegria e
felicidade em mim mesmo.
Que eu possa reconhecer e tocar as sementes de alegria e
felicidade nela.
Que eu possa reconhecer e tocar as sementes de alegria e
felicidade nele.
Que eu possa reconhecer e tocar as sementes de alegria e
felicidade neles.
Que eu possa aprender a identificar e ver as fontes de
raiva, ânsia e delusão em mim mesmo.
Que eu possa aprender a identificar e ver as fontes de
raiva, ânsia delusão nela.
Que eu possa aprender a identificar e ver as fontes de
raiva, ânsia esejo e delusão nele.
Que eu possa aprender a identificar e ver as fontes de
raiva, ânsia e delusão neles.
“Que eu aprenda a olhar para mim mesmo com olhos de
compreensão e amor”. Certa vez quando praticamos a meditação de amor em Plum
Village, uma jovem me disse, “Quando eu meditava sobre meu namorado, eu
descobri que comecei a amá-lo menos. E quando eu meditava sobre uma pessoa que
eu não gosto, de repente eu me odiava.” Antes da meditação, seu amor por seu
namorado era tão apaixonado que ela não era capaz de ver seus defeitos. Durante
a prática, ela começou a ver ele mais claramente e percebeu que ele era menos
perfeito do que ela imaginava. Ela começou a amá-lo de uma forma mais
compreensível para ela, e, portanto mais saudável e profundamente.
Ela também teve novos insights sobre a pessoa que ela não
gostava. Ela viu algumas razões pelas quais ele era assim, e ela viu como ela
tinha causado sofrimento a ele por reagir de forma rude.
Novamente, nós começamos com nós mesmos para entender nossa
verdadeira natureza. Enquanto nós rejeitemos a nós mesmo e continuemos a
prejudicar nosso próprio corpo e mente, não há nenhum ponto em falar sobre amar
e aceitar os outros. Com a atenção plena nós seremos capazes de reconhecer
nossa forma habitual de pensar e o conteúdo dos nossos pensamentos. Nós
acendemos a luz da atenção plena sobre as vias neurais na nossa mente para que
possamos ver claramente.
Sempre que vemos ou ouvimos algo, nossa atenção pode ser
apropriada ou não. Com atenção plena nós podemos reconhecer o que é prestar
atenção inadequada e nutrir a atenção adequada. Atenção mental adequada, yoniso
manaskara em sânscrito, nos traz felicidade, paz, clareza e amor. Atenção
inadequada, ayoniso manaskara, enche nossa mente com tristeza, raiva e viés. A
atenção plena nos ajuda a praticar a atenção adequada e rega as sementes de
paz, alegria e libertação em nós.
Em seguida, nós usamos a atenção plena para iluminar nossa
fala, então nós usamos o discurso de amor e parar antes de falar algo que crie
conflito em nós mesmos ou nos outros. Então nós olhamos nas nossas ações
físicas A atenção plena ilumina como nós paramos, sentamos, sorrimos e
franzimos a testa, e como olhamos para os outros. Nós reconhecemos quais ações
são benéficas e quais trazem prejuízo.
Compreensão sobre si mesmo e com os outros é a chave que
abre a porta do amor e aceitação para com todos.
“Que eu possa reconhecer e tocar as sementes de alegria e
felicidade em mim mesmo.” O solo da nossa mente contém muitas sementes,
positivas e negativas. Nós somos os jardineiros que identificam, regam e
cultivam as melhores sementes. Tocar as sementes de alegria, paz, liberdade,
lucidez e amor em nós mesmos e nos outros é uma prática importante que ajuda a
crescer na direção da saúde e felicidade.
“Que eu possa identificar e ver as fontes de raiva, ânsia e
delusão em mim mesmo.” Nós olhamos profundamente para ver como estes surgiram,
quais suas raízes, e a quanto tempo eles estão lá. Nós praticamos a atenção
plena em nossas vidas diária para estar ciente de tais venenos como ânsia,
raiva, delusão, arrogância e suspeita que estejam presentes em nós. Nós podemos
olhar e ver quanto sofrimento eles causam em nós e nos outros.
Nós precisamos dominar a nossa própria raiva antes de ajudar
os outros a fazer o mesmo. Discutir com outros apenas rega as sementes de raiva
em nós mesmos. Quando a raiva começar, volte-se para si mesmo e use a energia
da atenção plena para abraçar, acalmar e iluminá-la. Não pense que você vai se
sentir melhor se você atacar e fizer a outra pessoa sofrer. A outra pessoa
poderá responder de forma mais rude, e a raiva irá aumentar. O Buda ensinou que
quando a raiva surge, feche seus olhos e ouvidos, volte-se para si mesmo, e cuide
da fonte da raiva dentro de você. Transformar sua raiva não é apenas para sua
libertação pessoal. Todos a sua volta e mesmo os mais distantes irão se
beneficiar.
Olhe cuidadosamente para sua raiva, como você olharia para
seu próprio filho. Não rejeite ou odeie-a. O objetivo da meditação não é se
transformar num campo de batalha, mas o oposto disso. Respiração consciente
suaviza e acalma a raiva, e a atenção plena penetra-a. A raiva é apenas uma
energia, e toda energia pode ser transformada. Meditação é a arte de usar um
tipo de energia para transformar em outra.
Que eu saiba como nutrir as sementes de alegria em mim mesmo
todos os dias.
Que eu saiba como nutrir as sementes de alegria nela todos
os dias.
Que eu saiba como nutrir as sementes de alegria nele todos
os dias.
Que eu saiba como nutrir as sementes de alegria neles todos
os dias.
Que eu possa viver vividamente, lucidamente e livre.
Que ela possa viver vividamente, lucidamente e livre.
Que ele possa viver vividamente, lucidamente e livre.
Que eles possam viver vividamente, lucidamente e livres.
Que eu possa estar livre do apego e aversão, mas não ser
indiferente.
Que ela possa estar livre do apego e aversão, mas não ser
indiferente.
Que ele possa estar livre do apego e aversão, mas não ser
indiferente.
Que eles possam estar livres do apego e aversão, mas não ser
indiferentes.
Essas aspirações nos ajudam a regar as sementes de alegria e
felicidade que estão profundamente plantadas na nossa consciência. As noções
que nos temos sobre o que nos trará felicidade são apenas uma armadilha. Nós
esquecemos que elas são apenas ideias. Nossa ideia de felicidade pode evitar
que sejamos felizes. Quando nós acreditamos que a felicidade deve assumir uma
forma em particular, deixamos de ver a alegria que está na nossa frente.
Felicidade não é uma questão individual, ela tem a natureza
da interexistência. Quando você é capaz de fazer um amigo sorrir, sua
felicidade irá nutrir você também. Quando você encontrar maneiras de promover a
paz, alegria e felicidade, todos irão sentir. Comece nutrindo em você mesmo
sentimentos de alegria. Pratique meditação caminhando fora de casa,
aproveitando o ar fresco, as árvores, e as estrelas no céu. O que você faz para
nutrir a si mesmo? É importante discutir esse assunto com um amigo qu
rido para encontrar maneiras de nutrir a alegria e a
felicidade. Quando você conseguir fazer isso, seu sofrimento, tristeza e
formações mentais dolorosas começarão a se transformar.
“Que eu possa viver vividamente, lúcidamente e livre.”
“Vividamente” é uma tradução da palavra vietnamita para “fresco, sem febre”.
Inveja, raiva e desejo ardente são tipos de febre. “Lúcidamente” se refere à
estabilidade. Se você não é lúcido, você não poderá conquistar muito. A cada
dia você só precisa de alguns passos sólidos e lúcidos em direção ao seu
objetivo. Cada manhã, você reorienta seu caminho para não se desviar. Antes de
ir dormir a noite, tire alguns minutos para revisar o dia. “Eu vivi na direção
dos meus ideais hoje?” Se você ver que tomou dois ou três passos nessa direção,
está bom o suficiente. Se não, diga a si mesmo, “Eu farei melhor amanhã”.
Não
se compare aos outros. Basta olhar para si mesmo para ver se você está indo na
direção que quer. Refugie-se em coisas que são sólidas. Se você confiar em algo
que não é sólido, você vai cair. Algumas sanghas ainda não são sólidas, mas
geralmente se refugiar em uma sangha é uma coisa sensata a se fazer. Existem
membros da sangha em todos os lugares que estão praticando seriamente.
“Liberdade” significa transcender a armadilha de desejos
prejudiciais e existir sem apegos – seja a uma instituição, um diploma ou um
certo grau. De vez em quando nos deparamos com pessoas que são livres e podem
fazer o que for necessário.
“Indiferença”. Quando nós somos indiferentes, nada é
agradável, interessante ou vale a pena o esforço. Nós não experimentamos amor
ou compreensão, e nossa vida não tem alegria ou significado. Nós nem mesmo
notamos as belezas da natureza ou a risada de uma criança. Nós somos incapazes
de tocar o sofrimento ou a felicidade dos outros. Se você se encontrar num
estado de indiferença, peça ajuda aos seus amigos. Mesmo com todos seus
sofrimentos, a vida é cheia de muitas maravilhas.
“Livre do apego e da aversão.” O tipo de amor que Buda
queria que nós cultivássemos não é possessivo ou apegado. Todos nós, jovens e
velhos, temos a tendência de nos tornarmos apegados. Assim que nascemos, o
apego já está lá. Nas relações amorosas saudáveis, há uma certa quantidade de
possessividade e apego, mas se é excessiva, ambos o que ama e o amado irão
sofrer. Se um pai pensa que é o “dono” do seu filho, ou um jovem tenta colocar
muita restrição em sua namorada, então o amor se torna uma prisão. Isso também é
verdade em relações entre amigos, professores, estudantes e assim por diante. O
apego obstrui o fluxo da vida. E sem atenção plena, o apego sempre se torna
aversão. Ambos apego e aversão levam ao sofrimento. Olhe cuidadosamente para
descobrir a natureza do seu amor, e identifique o grau do apego, despotismo e
possessividade em seu amor. Então você pode começar a desfazer os nós. A
semente do amor verdadeiro – benevolência, compaixão, alegria e serenidade – já
estão plantadas na sua consciência. Através da prática de olhar profundamente,
as sementes do sofrimento e do apego irão encolher e as sementes positivas irão
crescer. Nós podemos transformar apego e aversão e chegar a um amor que é
espaçoso e abrangente.
De “Sem Lama, Sem Lótus: A Arte de transformar sofrimento”,
por Thich Nhat Hanh © 2014 Parallax Press.
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