terça-feira, 12 de setembro de 2017

A CONSTRUÇÃO DO ANTAKARANA



A CONSTRUÇÃO DO ANTAKARANA
As Etapas da Construção do Antakarana

Nas etapas iniciais da construção do antakarana, existem três fios autocriados menores que são criados inicialmente e que constituem o antakarana.

* O primeiro fio entre o corpo físico e o corpo etérico, e passa do coração para o baço.

* O segundo fio vai do corpo etérico ao corpo astral e passa do plexo solar ao coração e deste ao corpo astral.

* O terceiro fio vai do corpo astral ao corpo mental. Esse fio passa do chakra do terceiro olho para o chakra da cabeça, e daí para o corpo mental.

Esses três fios menores auxiliam a extensão de alma a integrar o sistema de quatro corpos.
A segunda etapa trata da construção do Antakarana desde a personalidade na Terra até a alma. Esse processo também pode ser descrito como a construção de uma mente inferior, a alma e a mente superior. Em outras palavras, podemos chamá-lo de ligação cérebro/mente/ alma. Essa ponte é construída com a substância mental.

O estágio de construção da ponte da alma a tríade espiritual e para a Mônada usa a substância de Luz.
A ponte desde a personalidade até a alma cria uma iluminação completa da alma da personalidade na Terra. É nesse estágio que o discípulo se vê como uma alma. Em estágios superiores, o iniciado se vê como espírito ou como a própria monada. Essa ponte possibilita à personalidade superar todo sentido de separatividade e de medo da morte.

A construção do Antakarana tem como objetivo a auto-realização e o serviço em benefício a humanidade.


Seis Passos Para Construção do Antakarana

Os seis passos para a construção do Antakarana são: “intenção, visualização, projeção, invocação e evocação, estabilização e ressurreição”.

1- Intenção- O primeiro passo implica uma compreensão da tarefa a ser cumprida, uma decisão e determinação para cumpri-la e uma orientação correta para atingir o objetivo. Ele também exige que as forças e energias da pessoa converjam para o ponto mental/espiritual mais elevado que possa ser alcançado e que ali se mantenham. Isso nos lembra “manter a mente firme na Luz”.

2- Visualização- O segundo passo envolve o uso da imaginação e das capacidades de visualização para construir o cordão e a ponte de Luz.

3-Projeção- O terceiro passo envolve a utilização da vontade, ou poder da vontade, e o uso de uma palavra de poder para transmitir essa linha ou ponte de substância de Luz. A ação de enviar uma palavra de poder com o poder da vontade por meio do cordão visualizado, com a mais elevada intenção possível, estende os filamentos do cordão de Luz em direção á tríade espiritual e a Mônada.

4-Invocação e Evocação- Essa invocação feita pelo discípulo atrai agora uma resposta evocativa da tríade espiritual e da mónada. O pai (mónada), operando através do fio criado pelo discípulo, põe-se em movimento para encontrar seu filho (extensão de alma). A mónada, ou Pai do Céu, emite uma projeção de substância de Luz que encontra a projeção criada pelo discípulo na Terra. 

A projeção inferior e a projeção superior se encontram e o Antakarana é construído. A tensão criada pelo discípulo evoca a atenção da mónada e da tríade espiritual. Com a prática, esse cordão recíproco, ou ponte de energia, torna-se cada vez mais resistente. É uma chama de Luz. Já não existe mais a sensação dos três países separados da personalidade, da alma e da mónada, mas um único ser atuando em todos os planos por esse caminho de Luz.

5-Estabilização- No início, o Antakarana é muito fino e parecido com um fio. Com a prática, a meditação e uma vida espiritual adequada em todos os níveis de ser, formar-se-á um cordão impossível de se romper.

6- Ressurreição- Esse último passo relaciona-se com o fortalecimento do cordão Antakarana, que então conduz a grande fusão e integração da triplicidade e que, na quarta iniciação, tornou-se dualidade. Essa dualidade, na quinta e, finalmente, na sexta iniciação ou ascensão, torna-se unidade, ou unificação total da personalidade infusa de alma e da Mônada que esteve operando por meio da tríade espiritual. Esses dois estados de consciência se integram totalmente na quinta iniciação e se fundem plenamente com o sistema de quatro corpos na sexta iniciação, que é a ascensão ou ressurreição. Os quatro corpos(físico, astral, mental e espiritual) e a personalidade se dissolvem na Luz e se tornam imortais.


 INFORMAÇÕES SOBRE O ANTAKARANA

ANTAKARANA é a ponte de Luz ou o caminho iluminado sobre o qual o discípulo passa para os mundos superiores. É por meio dessa ponte e caminho iluminado que ele alcança a libertação e a ascensão. Esta integração também ajuda a fazer a ligação entre a consciência de Shambala, a consciência hierárquica e a consciência humana. A consciência de Shambala se relaciona com a mônada e com o aspecto vontade. A consciência hierárquica se relaciona com a alma e com o aspecto amor. A consciência humana se relaciona com a personalidade e com o aspecto inteligência."

Uma discussão sobre a "ponte do arco-íris" construída por homens e mulheres em encarnação, entre o eu inferior (Ego humano temporário) e o EU SUPERIOR (O Espírito criador da alma), como parte da evolução espiritual pessoal.

A ciência do Antakarana é provavelmente a mais importante dos tempos vindouros, mas esta exposição não pretende cobrir todo o tema do Antakarana e a ciência de seu uso. Esta é uma ciência ainda desconhecida pela humanidade mas tornar-se-á a ciência mental da Nova Era, a da construção da ponte entre o homem inferior e o superior, e também um número de outras pontes: entre os membros da raça humana como um todo; entre um centro, a Humanidade, e outro, a Hierarquia; entre a Hierarquia e Shamballa; entre a Humanidade e Shamballa através da Hierarquia; entre este planeta e outros, este sistema solar e outros. Todas estas pontes e conexões são o resultado do uso correto da ciência do Antakarana, que se constituirá no maior campo educacional para a humanidade nesta era vindoura.

A melhor maneira de estudar o Antakarana é através da leitura dos Ensinamentos de Alice A. Bailey, particularmente o livro "Educação na Nova Era", e outras referências no livro "Os Raios e as Iniciações". Você não aprenderá a técnica da ciência do Antakarana neste texto ou nos ensinamentos de Alice Bailey. Isto é algo que, no que concerne à humanidade como um todo, ocorrerá no futuro. É um processo gradual de iluminação para a humanidade, mas tornar-se-á a maior ciência, a ciência de evoluir como uma raça e fazer as conexões internas (que certamente já existem mas que devem ser construídas conscientemente pelo homem ou mulher em encarnação), de tecer o fio de retorno à fonte da qual nos originamos. É realmente a ciência do Caminho de Retorno.

Por muitas eras a alma no seu próprio plano olha para seu reflexo, o homem ou a mulher no plano físico, e não vê um modo de interferir no seu desenvolvimento. Há muito pouco que a alma possa fazer exceto criar um corpo, fornecer-lhe seu equipamento físico, astral e mental, e permitir que ele faça o trabalho de evoluir. Eventualmente, numa determinada vida, uma série de vidas para ser mais exato, a alma vê que seu reflexo, o homem ou a mulher, está começando a responder à influência da energia que conecta a alma ao seu reflexo, e o processo de evolução consciente começa.

Cada indivíduo é realmente ternário: a Mônada, ou Centelha Divina, o Eu impessoal que se reflete no plano da alma como uma alma individualizada ou ego. A alma, por sua vez, se reflete no plano físico denso como uma mulher ou homem em encarnação. Este é o caminho descendente, o processo pelo qual o espírito se envolve na sua polaridade oposta, a substância. Quando o aspecto do espírito, ou vida, e o aspecto da matéria se juntam um terceiro, o aspecto consciência, nasce.

O Antakarana é, acima de tudo, o fio da consciência ininterrupta. É o resultado da interação da vida com a forma, com a substância, com a matéria; isto produz algo inteiramente diferente que nós denominamos "consciência". Podemos também chamá-lo de "o Princípio Crístico". É o próprio processo de evolução.

Os estudiosos da antropologia, a história da evolução no plano físico, a evolução das formas, sabem que no começo havia grandes oceanos, fervilhando de vida; nada na terra até que gradualmente alguns dos animais mais evoluídos - peixes e répteis de todos os tipos - vieram para a terra seca e tornaram-se os primitivos répteis e mamíferos. 

Gradualmente houve a evolução de um tipo pré-humano que eventualmente tornou-se um primitivo homem-animal, separado do reino animal. Com o germe da mente, que poderia se tornar o núcleo de um corpo mental finalmente formado, a raça humana teve seu início. Isto é negado pelos cristãos fundamentalistas e outros grupos religiosos ortodoxos que negam a realidade da teoria da evolução de Darwin, mas esotéricos aceitam-na como uma explicação mais ou menos precisa do crescimento da forma a evolução da forma neste planeta.

Nossa preocupação não é com isso; nossa preocupação, como seres humanos evoluindo de volta para nossa fonte, é menos voltada para a evolução da forma, que chegou a uma maior ou menor perfeição (embora ainda haja alguns pequenos ajustes e melhorias a serem feitos), do que com a evolução da consciência. Esta evolução da consciência é a base de como nos conscientizamos de nós mesmos e do nosso meio ambiente, e juntos criamos a evolução da raça humana. A descida da Mônada para a alma e da alma para a personalidade tem que acontecer no sentido contrário. 

O homem ternário físico-astral-mental, tem que encontrar seu caminho de volta por um processo de fusão, primeiramente com a alma e então, através da tríade espiritual (o reflexo da Mônada) com a própria Mônada: o Ser monádico tríplice. A jornada de volta, ou o processo pelo qual a jornada de volta é realizada, é através da criação, da evolução gradual e construção do Antakarana. Este é um processo consciente e ocorre somente por estágios. Como o processo de descida tem sido lento, levando milhões de anos, também o processo de retorno pode ser um processo longo e arrastado, e assim o é para a grande maioria da humanidade. Nós nos encontramos no segundo de um sistema solar tríplice. Em outras palavras, este sistema solar é a segunda encarnação ou manifestação do grande Homem Celestial que denominamos de Logos Solar, que tem um Plano para a evolução de todas as formas do sistema solar.

O primeiro sistema solar expressou-se através da matéria, da substância, da qualidade da inteligência ativa. Seu objetivo principal era a criação inteligente das formas. Nós nos encontramos na segunda dessa tríplice expressão na qual a qualidade da alma, o amor ou o aspecto consciência do logos está no processo de se expressar.

O Antakarana Solar está sendo construído pelo Logos Solar e por todas as outras formas, quer saibam elas ou não, que evoluíram do primeiro sistema solar e que estão atualmente criando a ponte entre aquele e este sistema, e eventualmente, entre este sistema e o próximo. O próximo sistema solar terá como objetivo o aspecto da Vontade, o aspecto Monádico do Logos Solar. Quando a correta ponte entre estas três expressões estiver construída, o Antakarana estará concluído. Isto levará à conclusão do Plano de nosso Logos solar em sua expressão tríplice.

A palavra Antahkarana tem vários significados que diferem em cada seita e escola filosófica. Shankaracharya traduz esta palavra com o sentido de "entendimento"; outros, como "órgão ou instrumento interno, a Alma, formada pelo princfpio pensador e o egotismo (ahankara)"; enquanto os ocultistas definem-no como "sendeiro" ou ponte entre o Manas superior e o inferior, o Ego divino e a Alma pessoal do homem. 

O Antahkarana serve como meio de comunicacáo entre ambos e transmite do Ego inferior para o superior todas as impressões pessoais e pensamentos dos homens que podem, por sua natureza, ser assimilados e retidos pela Entidade imperecfvel e, portanto, transformados em imortais com ela. Esses sáo os únicos elementos da Personalidade passageira que sobrevivem à morte e ao tempo. Assim, é lógico que somente aquilo que é nobre, espiritual e divino no homem pode, na Eternidade, testemunhar o fato de ter vivido.

O cordão prateado ou Sutratma é, no que concerne ao homem, de natureza dual. É composto pelo "fio da vida" e pelo "fio da consciência". O "fio da vida" propriamente dito está ancorado no coração, enquanto que o outro, o "fio da consciência", encarnando o princípio da consciência, está ancorado na cabeça, e começou a se desenvolver durante o florecimento da raça atlante. A sensibilidade ativa, a percepção, o desejo e a reação diante dos acontecimentos foram o prelúdio da consciência que desabrochava.

Um terceiro fio, o "fio criador" encarna o princípio mental/criador humano, que passou a se manifestar somente com a moderna raça ária. Durante a etapa lemuriana o Sutratma foi o fator dominante de expressão, o enfoque da raça estava em um modo de VIVER pleno e exuberante, porém quase que inconsciente. Segundo Michelle Griffith, o símbolo do Antahkarana teria sido criado pelo Conselho dos Mestres da Galáxia e fora trazido à Terra há muitos milhares de anos, durante o período lemuriano.

Os fatores ou princípios internos, Buddhi, Ahankara e Manas, considerados coletivamente, constituem o "órgão interno" (Antahkarana) ou Alma, cuja atividade, diferentemente daquela dos sentidos, estende-se não apenas ao presente, mas também ao passado e ao futuro. Os três princípios indicados formam, por assim dizer, os três lados de um triangulo, cuja soma é o Chitta (mente, pensamento, inteligência), com o qual se realiza a idéia da trindade na unidade.

A criação do Antahkarana, uma atividade desenvolvida no processo da meditação (principalmente a Raja Yoga), tem como missão fundamental criar uma ponte de "arco-íris" entre a personalidade (eu inferior) do aspirante espiritual e seu Eu transcendente, conhecido esotericamente como "Anjo Solar". Esta ponte é construída com a energia de luz do propósito espiritual, segregada pela alma do discípulo, de maneira similar à da aranha ao tecer sua teia. 

O Antahkarana liga o cérebro físico ao Eu superior, através do chakra coronário, formando uma ponte a qual é possível a consciência operar com facilidade nos mundos inferior e superior. Este trabalho se acelera na medida em que adquirimos domínio sobre o homem inferior, na medida em que a alma e a personalidade trabalham conjuntamente para criar a "ponte" de ligação entre ambas. Isso só ocorre quando começamos a nos enfocar definidamente nos níveis mentais intenção primordial do trabalho de meditação, quando a mente atua de modo inteligente e conscientemente.

O Sutratma constitui a base da imortalidade, enquanto que o Antahkarana, a base da continuidade. O Sutratma vincula e vivifica todas as formas em um todo atuante e incorpora em si a vontade e o propósito da entidade que se expressa, seja ela um homem, um Deus ou um cristal. O Antahkarana incorpora a resposta da consciência dentro da forma, até chegar a uma série de contatos, cada vez mais amplos, dentro do todo ambiental.

O Antahkarana é um símbolo sagrado de origem tibetana, usado em rituais milenares de cura e meditação. Representa a "ponte" de ligação entre a personalidade e a individualidade, isto é, entre o homem animal e o homem espiritual, que tem que ser construída no decorrer da evolução, para se ter acesso aos reinos da luz. Usado como um simbolo (apesar de não ser um símbolo do Reiki), tem o poder de concentrar e desenvolver a energia Reiki e outras energias de cura. etc. Meditando com esse símbolo, ativa-se automaticamente a Órbita Microcósmica (união dos canais Funcional e Regencial), enviando-se o Ki através dos canais energéticos centrais do corpo.

Não se trata de um dos símbolos perdidos do Reiki, mas sua forma é positiva e sagrada quando em uso. Não se pode utilizá-lo de forma negativa e, mesmo tendo uma história antiga, sua energia tem sido testada por vários agentes de cura durante muitos anos. Quando colocado sob a mesa de massagem, ele ativa as energias de todos os trabalhos relacionados à cura, seja Reiki, Johrei, Cura Prânica, Shiatsu, etc.

FONTE: Adaptação de "Glossário Teosófico" e "Los Rayos e Las Iniciaciones", de Alice Bailey"


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