O
que caracteriza um ataque de pânico e como prevenir uma nova crise
Soraya
Rodrigues
Um
ataque de pânico não se trata de “frescura”, “falta do que fazer” ou “fraqueza
moral”. O Transtorno do pânico é um problema de saúde pública que precisa ser
elucidado para quem sofre deste transtorno, bem como sua familia e redes de
apoio social do paciente. Quem sofre de Transtorno do pânico nao precisa ser
criticado, precisa ser compreendido e ajudado. Quando um organismo não está
bem, este emite sua linguagem corporal através de sintomas para advertir que
precisamos dar uma pausa.
O
objetivo deste artigo é informar a população acerca de algumas características
inerentes ao Transtorno do Pânico, para que em caso de identificação com os
sintomas que serão elucidados a seguir, a população procure o profissional e o
tratamento adequados, visto que os sintomas do Transtorno do Pânico causam muito
sofrimento físico e emocional, não desaparecem espontaneamente, paralizando
várias áreas da vida e requerendo, portanto, um tratamento especializado para
que a pessoa possa usufruir de uma vida saudável e de qualidade.
O que é
o Transtorno do Pânico?
O Transtorno
do Pânico está classificado entre os Transtornos de Ansiedade. Sendo um tipo
especifico de ansiedade, este apresenta em seu repertório comportamental
respostas de luta e fuga diante de uma ameaça real ou imaginária, bem como
sintomatologia bastante característica. Todos apresentamos um certo grau de
ansiedade considerada normal, e esta nos motiva na execução das atividades
diárias e tem fator protetivo. Necessitamos deste “estado de alerta” para
transpormos desafios e isto é saudável. No entanto, quando a ansiedade é
exacerbada, caracteriza-se como uma patologia, visto que o organismo passa a um
constante “estado de alerta” sendo muito prejudicial, pois dificulta a vida do
indivíduo.
O que
caracteriza um ataque de pânico?
Um
ataque ou crise de pânico se caracteriza por um desequilíbrio ou alteração
neuroquímica no cérebro de alguns neurotransmissores como a serotonina e a
noradrenalina. No caso de um ataque de pânico, esta descarga de adrenalina
prepara o organismo para a luta ou fuga sem que haja uma ameaça específica, ou
seja, sem que exista uma ameaça real, se caracterizando por um estado agudo e
extremo de medo irracional, em um curto período de tempo em que atinge o ápice
de extrema ansiedade entre 15 a 20 minutos.
Uma
crise ou ataque de pânico é algo terrível. Muitos sintomas advém no mesmo
instante e neste momento a pessoa pensa que vai morrer ou enlouquecer,sendo
muito comum a procura por emergência, pronto-socorro ou ambulância por queixa
cardíaca ou neurológica. Para ser caracterizado como crise, pelo menos quatro
dos treze sintomas devem estar presentes concomitantemente, causando extremo
sofrimento para quem sofre deste transtorno.
Alguns
sintomas de um ataque de pânico são: Falta de ar, tonturas, tremores, visão
turva, náuseas, suores e calafrios, boca seca, ondas de calor, formigamento nas
extremidades (mãos e pés), sensação de desmaio, dores de cabeça, agitação,
taquicardia (palpitações), sensação de morte iminente, medo de enlouquecer,
desrealização e despersonalização.
Vale a
pena ressaltar que um episódio isolado de crise de pânico não fecha um
diagnostico de transtorno do pânico. Qualquer pessoa pode ter uma crise isolada
em situações de extremo estresse.
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