Varrer
as folhas enquanto venta é inútil
BETH
MICHEPUD
Talvez
você conheça pessoas de 20 anos de idade com uma maturidade digna de um ancião,
e também pessoas com idade cronológica avançada que sejam imaturas. É tudo
questão de evolução, ou seja, querermos aprender o que edifica e exercitarmos, praticando, para que esse
aprendizado flua tão naturalmente quanto o ato de respirar.
Amadurecer
é conquistar um olhar mais sensível e apurado no que diz respeito à nós mesmos,
à tudo e à todos. É não julgar nem
interferir nas escolhas alheias e seguir aprendendo a lidar com os embates da
vida de forma serena e resiliente.
O texto
que segue, de autoria do Prof. Marcel Camargo, reforça que amadurecer é não ter
a pretensão de mudar o outro.
“Quanto
mais amadurecemos, menos nos importamos com algumas coisas que percebemos serem
perda de tempo e com algumas pessoas que simplesmente não mudam por nada nem
por ninguém. A maturidade traz essa calma e essa aceitação que nos tornam menos
afoitos, menos nervosos, porque vamos aprendendo a dar tempo ao tempo, sem a
pressa característica dos jovens que querem tudo para ontem.
Amadurecer
é se importar com o que realmente importa, com quem não se nega a rever o que
disse ou o que fez, enfim, com o que tem chances de trazer algum resultado. A
gente se cansa de bater em tecla furada, de insistir no que não vislumbra
futuro algum, de dar importância a opiniões desnecessárias de quem é
especialista em perturbar ambiente e em azucrinar a paciência alheia.
Isso
porque passamos a entender que cada pessoa irá conceber as coisas à sua
maneira, devolvendo na medida exata do que possui dentro de si, nada mais, nada
menos do que isso. De nada adianta esperar das pessoas algo além do que elas
serão capazes de ofertar e, quanto mais o tempo passa, mais aptos estaremos
para discernir o que cada um pode e não pode, aceitando as limitações do que
nos rodeiam.
Nem
todo mundo está preparado para ouvir o que temos a dizer e a receber o que
temos a ofertar. Por essa razão, com o tempo passamos a direcionar nossas
energias em direção a terrenos férteis, ignorando a aridez afetiva de gente
egoísta, que não consegue enxergar além de suas parcas limitações. Perdemos o
medo de mudar, de ousar, de deixar coisas e pessoas para trás, porque não
tememos mais o erro. Errar pode ser bom, fazer bem.
Quando
amadurecemos, conseguimos perceber que nem sempre estaremos certos, que nem
todo mundo irá gostar de nós, que o mundo não gira ao redor de nossas cabeças.
Entendemos que somos ínfimos perto da grandeza do universo, mas que nossas
ações podem alcançar um número incontável de pessoas, seja quando acertamos,
seja quando erramos. E isso nos habilita a exercer a empatia com mais
frequência.
Uma das
atitudes mais inúteis que existem é varrer as folhas enquanto ainda venta e, da
mesma forma, não adianta tentar argumentar com quem não ouve, nem tentar
agradar a todos, porque ninguém consegue ser unanimidade.
Enfim,
buscar estar bem consigo mesmo é o melhor a se fazer, visto que é assim que
estaremos prontos a receber o melhor e o pior de cada um, guardando o que for
útil e jogando fora o que for imprestável.”
Luz e
Paz!
Fonte:
Sabedoria Universal
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