MÃE
MARIA FALA SOBRE A VERDADEIRA HISTÓRIA DO NATAL
MÃE
MARIA
Através
de Judith Coates
Nesta
época do ano, vocês estão celebrando o nascimento de Cristo. Vocês reservaram
uma data para um dia santo, para se lembrarem de Cristo e oferecerem uns aos
outros os presentes materiais que são como símbolos do amor de vocês.
Mas não
precisam transformar esse feriado em um dia de estresse, preocupando-se com o
que comprar, com qual seria o presente perfeito para um ser amado, um amigo, um
companheiro, porque, na verdade, com sua amizade vocês já estão lhe oferecendo
o presente mais valioso – o presente do amor – um presente que diz: “Eu te
valorizo. Eu sei o que és. Eu conheço o amor que tu és.”
E assim
vocês escolhem um presente simples – ou um presente extravagante, se preferirem
– e o oferecem com todo amor para o companheiro, para um amigo, um parente, um
colega de trabalho, para o cônjuge. Vocês o oferecem com amor e o
reconhecimento de que conhecem o Cristo que eles são.
Gostaria
de lhes falar agora sobre a verdadeira história do Natal.
Vocês
têm aquela, que é bem conhecida, sobre a minha viagem a Belém com meu marido,
José, e como o bebê Yeshua nasceu num estábulo. Era o lugar onde os animais
eram abrigados, mas não era o que vocês poderiam chamar de uma gruta rudimentar,
e não era fria. Era um lugar caloroso e hospitaleiro. Os animais, em sua
inocência e simplicidade, ofereciam muito amor, e era verdadeiramente um lugar
sagrado.
Ao nos
aproximarmos de Belém, eu senti que havia chegado o momento do nascimento da
criança, então paramos numa hospedaria e perguntamos se poderíamos ficar lá.
Mas os donos do local sabiam que, com toda aquela alegria ruidosa, aquele não
era o melhor lugar para o parto, então sugeriram que fôssemos para o estábulo
que ficava atrás da hospedaria, o qual eles já haviam preparado para nós.
Assim,
a história do Natal que lhes é relatada nas suas Sagradas Escrituras é
basicamente o que realmente aconteceu. É também uma história com simbolismo que
pode ser interpretada em vários níveis.
Mas eu
gostaria de lhes falar agora sobre o verdadeiro nascimento do Cristo, a
verdadeira história do Natal, pois esta ocorreu muito antes do tempo começar.
Aconteceu quando havia um Pensamento na mente daquele que vocês chamam de Deus,
o Absoluto, quando havia um Pensamento para criar, para expressar a Luz.
Este
foi o primeiro nascimento de Cristo, e vocês estavam lá, assim como estiveram
muitas vezes no nascimento de Cristo, assim como, mesmo nesta vida, cada um de
vocês esteve no nascimento do seu próprio Cristo, num instante de percepção
“Ahá! Devo ser muito mais do que eu pensava que era! Devo ser muito mais do que
meus semelhantes, minha família, meus amigos me disseram que eu sou!” – um
momento de revelação, da lembrança do Cristo, que veio para mudar o modo que
você enxergava as situações, o modo que enxergava os relacionamentos, um
momento de nascimento do Cristo.
Isto
não acontece em apenas um dia do ano. Acontece a qualquer momento, em qualquer
lugar, e com qualquer pessoa ou sem mais ninguém – a sós.
É
aquele instante em que você compreende, você toma consciência de que você é o
Cristo que se manifestou nesta realidade para viver aquela Luz, para que todos
os homens e mulheres possam enxergar o que você é e o que eles também são; para
que eles possam ver o que tem sido chamado de aura, que surge quando você está
feliz, alegre, quando você está num lugar em que se eleva espiritualmente e vai
além daquilo que o mundo diz que deve ser a experiência humana.
Então
vocês estabeleceram um dia por ano como uma oportunidade de se lembrarem de
Cristo, não apenas do meu filho, Yeshua, que foi e é o Cristo, que realmente
teve uma vida humana para poder caminhar entre vocês como criança e, mais
tarde, como homem, para que pudesse compartilhar com vocês as revelações e o
conhecimento da própria grandeza de vocês, apesar do mundo não a reconhecer.
Vocês
reservaram um dia por ano, na esperança de que tivessem uma oportunidade de se
lembrar do amor, de se lembrar do quanto são amados, de se lembrar que cada um
de vocês caminha sobre a face da nossa sagrada Mãe Terra, sempre como uma
criancinha, uma criança inocente que não sabe e não entende o sistema do mundo.
E é por
isto que, de vez em quando, o mundo o deixa confuso, pois não lhe parece ter
sentido que algumas pessoas sejam como você as percebe – difíceis,
desafeiçoadas e até rudes nas coisas que elas lhe falam – porque você é o
próprio amor. Você é a Criança inocente e sagrada. Você quer ser amado e quer
dar amor, e quer oferecer esse amor gratuitamente, inocentemente, sem
limitação.
No
entanto, o mundo – esta realidade que acredita na dualidade, no bom e no não
tão bom – lhe ensinou a sentir que poderia haver menos do que o Cristo
caminhando pela face da sua santa Mãe, a Terra.
E
assim, há momentos em que você se sente desapontado consigo mesmo e com os
outros, e se pergunta como pode ser isto. “Se eu sou (e você é!) o Cristo
criança caminhando pela face da Terra, como posso ter pensamentos negativos?
Como posso julgar a mim mesmo e os outros?”
Isto
faz parte do que tem sido chamado de “condição humana”. Por outro lado, o
motivo de você ter vindo a este mundo é mostrar que ele não é Real (com “R”
maiúsculo). Ele é real (com “r” minúsculo) nesta realidade, porque esta
realidade diz: “Você tem todo tipo de oportunidades, e algumas delas serão boas
e outras não serão tão boas.”
Mas, na
verdade, toda oportunidade que vem a você traz uma dádiva consigo; a dádiva de
fazer você percebê-la de um modo diferente e de perceber a si mesmo como o
doador dessa dádiva, porque você manifesta tudo. Realmente não existe mais
ninguém vivendo a sua vida neste mundo, a não ser você mesmo; e você é a
Criança divina e sagrada manifestando, expressando, vivenciando e depois
julgando.
Mas o
julgamento, ao adotar o tipo de defesa do mundo, não é um julgamento
verdadeiro; não é um julgamento justo; é o julgamento que tem sido aplicado há
eons nesta realidade, baseando-se na premissa de que pode haver outra coisa que
não seja amor.
Quando
isto surgir à sua frente, inspire profundamente – como meu filho ensinou muitas
e muitas vezes – afaste-se da questão, assim que perceber que está numa
situação que não lhe parece muito boa; e então pergunte: “Como posso ver isto
de um modo diferente?” Com certeza existe uma outra forma de percebê-lo.
E se
você tiver que literalmente dar meia-volta, de modo a ter uma perspectiva
diferente de alguma coisa, mesmo que tenha que andar um pouco em círculos, tudo
bem, porque você quer mudar de ponto de vista.
Você
quer saber “Como posso perceber isto de um modo diferente, porque, em um nível
muito profundo, sei que existe uma dádiva nisto; do contrário eu não o estaria
manifestando. Eu sou a extensão do Ser Criativo e eu estou criando. E se sou
uma extensão do Ser Criativo e estou criando isto, então certamente tem que
haver algum bem aqui, e eu quero ver esse bem. ”
Assim,
você inspira profundamente, afasta-se da questão e pede para enxergar o quadro
completo, o quadro sagrado – como meu filho falou muitas vezes – o todo, o
quadro todo, não apenas a parte dele que está bem diante do seu rosto.
Existem
muitas realidades dentro da expressão do Ser Criativo; esta não é a única. Esta
é a realidade mais desafiadora, e é por isto que meu filho os chama de mestres,
porque só um mestre poderia escolher vir mais uma vez para uma realidade que
pode acreditar em outra coisa que não a divindade.
E toda
vez que é criada uma realidade que se esqueceu de sua própria divindade, há
sempre um Messias que se voluntaria para nascer aqui de novo, para ser o Cristo
renascido na realidade e ser um “indicador do caminho”.
Nesta
realidade, vocês têm muitos professores. Através das eras, vocês tiveram muitos
mestres – que vocês chamaram de mestres Ascensionados – e muitos professores,
até mesmo alguns que estavam próximos de vocês; amigos que foram seus
professores.
E para
cada realidade que se esqueceu de Si mesma (com “S” maiúsculo), há sempre um
Messias que vem. Geralmente o nascimento do Messias é celebrado em um dia
especial; sempre como uma oportunidade para que aqueles que o celebram se
lembrem que eles mesmos são o Messias também; que eles vieram da mesma Fonte.
Então,
através do que vocês consideram eras de tempo, tem havido muitos Messias
diferentes, que têm sido aclamados como sábios, que vieram mostrar mais uma vez
a cada um de vocês, que seu corpo não o limita. Você usa o corpo para caminhar,
falar ir de um lugar a outro, expressar sua divindade, mas você não é o corpo.
E também não é a personalidade.
Por
mais que tente moldar sua personalidade para ser amado (esta é a motivação
subjacente), você não é a personalidade. Você é o espírito que anima o corpo.
Você é o espírito que está sempre querendo voltar ao Lar, voltar à compreensão
do verdadeiro Ser que você é, e viver com Leveza, caminhar alegremente neste
mundo.
Na
manhã do dia reservado para Dia Santo, quando você despertar, quando abrir os
olhos pela primeira vez, permita-se não pensar no que você tem que fazer nesse
dia.
Que
seus pensamentos não sejam “O que vou preparar para a ceia? Que presentes ainda
vou ter que embrulhar? Aonde preciso ir?” Dedique os primeiros minutos dessa
manhã para agradecer ao seu próprio Espírito Santo, à sua própria Criança
Crística inocente, por lhe permitir participar desta experiência de brincar
nesta caixa de areia.
Permita-se
sentir a santidade do Cristo. Você está nascendo – o Cristo em você está
nascendo mais uma vez na sua lembrança, no Dia de Natal, o dia que você
reservou para dia santo. E então, no dia seguinte ao feriado, quando despertar
pela manhã, lembre-se quem você é. Lembre-se… “Ah, é meu aniversário de novo!”.
E assim você poderá ter 365 aniversários por ano, e a cada quatro anos, 366!
E
permita-se sentir-se leve e alegre. Permita-se viver com leveza e alegria o dia
santo e cada dia depois desse. Isto fará uma diferença no modo que você enxerga
o mundo. Fará uma diferença no modo que os outros o veem.
Se eles
o veem como alguém que vive com leveza e alegria, isto os encorajará a observar
seus próprios corações e seguir pelo caminho da luz. Porque o que você
verdadeiramente é – mesmo em sua forma física – é energia luminosa concentrada
numa forma.
No
princípio, antes até de existir o tempo, houve o nascimento do Cristo com o
Pensamento (com “P” maiúsculo) que estava fora do tempo, fora até do que vocês
entendem por Criação; o Pensamento de ir adiante e expressar a Luz – este
Pensamento!
A Luz é
usada como um símbolo. É uma propriedade física, de modo que se eu falar com
seres de outras realidades e dimensões que não conheçam a fisicalidade, esse
símbolo não será usado. Mas para vocês, nesta realidade, a Luz é entendida como
sendo a divindade da fisicalidade.
No
princípio, antes mesmo que houvesse o pensamento de começar, havia o Cristo – o
Princípio Criativo, como o chamarei – o Pensamento de prosseguir, para sempre.
Quando
o propósito do tempo for cumprido (e ele será cumprido, no devido tempo), vocês
continuarão além do tempo e se perceberão ainda sendo. Haverá uma liberdade,
uma felicidade, uma verdadeira celebração de alegria; não alegria física, mas
alegria do espírito que sabe simplesmente Ser, explorar, vivenciar, expressar
de todas as formas o Princípio Criativo.
Este
ano, permita-se viver em simplicidade; viva seus dias santos com simplicidade e
alegria. Saiba que, na verdade, a dádiva que você mais valoriza é a dádiva do
amor, e que a dádiva que todos os outros mais valorizam é a de ser amado. Não
importa se você tem os presentes mais caros para oferecer. O que importa é como
você oferece o presente. O que importa é que você está disposto a doar.
Saiba
que você está dando à luz o Cristo cada vez que se lembra do amor. Em tantas
encarnações, sempre que você se permitiu ser pai ou mãe, trazer um
recém-nascido ao mundo, tomá-lo em seus braços, fitá-lo nos olhos com inocência
e amor, você pensou:
“E
agora, o que faço?” Você simplesmente amou-o; cuidou carinhosamente dele;
agradeceu-lhe por estar na sua vida. Agora você pode fazer o mesmo com seus
próprios filhos; pode fazer o mesmo com o filho de qualquer pessoa. E você pode
fazer o mesmo com a sua própria Criança Crística.
A
verdadeira história do Natal, do nascimento de Cristo, aconteceu antes do tempo
ter sido pensado, e acontece em muitas realidades que se esqueceram de sua
própria divindade. Nem todas as realidades se esqueceram de sua divindade, mas
para aquelas que se esqueceram, nós chegamos, vocês chegam, para lembrá-las da
natureza Crística que expressa e vivencia todas as realidades.
Portanto
amem, vivam, deem à Luz o Cristo conscientemente, em simplicidade e alegria,
como foi feito antes do tempo começar e como eu fiz no estábulo atrás da
hospedaria. Sempre que quiserem conhecer o amor, me chamem. Eu os amei com um
amor eterno, pois vocês têm sido meus filhos. Cada um de vocês é a minha
Criança, o meu Filho, meu Filho Sagrado.
Assim
seja!
Mãe
Maria
Formatação
– DE CORAÇÃO A CORAÇÃO
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