Páginas

segunda-feira, 27 de maio de 2019

EU NÃO TENHO TEMPO PARA O ÓDIO, PREFIRO AMAR A QUEM ME AMA


Imagem relacionada

EU NÃO TENHO TEMPO PARA O ÓDIO, PREFIRO AMAR A QUEM ME AMA

Quem passa muito do seu tempo alimentando ódio para com aqueles que lhe odeiam esquece o mais importante: amar aqueles que o amam de verdade. Ódio e ressentimento são dois inimigos sinistros e persistentes que muitas vezes criam raízes profundas em nossas mentes. Porque, na verdade, são armadilhas nas quais nós mesmos nos tornamos cativos de emoções negativas, autodestrutivas.

Muitas vezes, dizem que “o ódio é o oposto do amor”, quando, no entanto, isso não é inteiramente verdade. Odiar é uma prática privada, onde se misturam diferentes emoções: a ira, humilhação ou aversão. Somos, portanto, confrontados com um instinto muito primitivo que pela sua força e impacto no nosso cérebro, pode levar-nos a parar de priorizar o que realmente é importante, como nosso equilíbrio ou pessoas que nos amam.

“Eu não tenho tempo para raiva ou rancor, e menos ainda para odiar aqueles que me odeiam, porque o ódio é a morte de inteligência e estou muito ocupado amando aqueles que me amam.”



Ambos Aristóteles e Sigmund Freud definiram o ódio como um estado onde o sentimento de violência e aniquilação estão geralmente presentes. Martin Luther King, por sua vez, falou sobre essa emoção como uma noite sem estrelas, algo tão escuro onde o homem perde, sem dúvida, a sua razão de ser, sua essência. É claro que estamos enfrentando o revés mais perigoso do ser humano e, portanto, convidamos você a refletir sobre esta questão.

Os ódios não são cegos, sempre têm uma razão
Os ódios não são cegos, têm um foco muito específico, uma vítima, ou mesmo valores coletivos que não são compartilhados. Carl Gustav Jung, por exemplo, falou em suas teorias sobre um conceito que é interessante: ele chamou de a sombra de ódio ou a face oculta do ódio.

Segundo esta abordagem, muitas pessoas vêm a desprezar os outros, porque veem neles / as certas virtudes que faltam em si próprias. Um exemplo seria o homem que não suporta sua esposa ter sucesso em seu campo profissional ou um colega de trabalho que abriga sentimentos de ódio e desprezo pelo outro, quando na verdade, nas profundezas de seu ser, o que existe é inveja.

Com isso, podemos ver claramente que o ódio nunca é cego, mas respondem à razões que para nós são válidas. Outro exemplo disto é um interessante estudo publicado em 2014 na revista “Psychological Association para Sciencie”, intitulado “Anatomia do ódio cotidiano.” No trabalho, tentaram revelar quais eram os ódios mais comuns dos seres humanos e em que idade “começamos a odiar” pela primeira vez.
O primeiro fato relevante é que o ódio mais intenso é quase sempre gerado pelas pessoas que estão muito perto de nós. A maioria dos entrevistados afirmou que durante toda a vida só tinha odiado com intensidade de 4 a 5 vezes.

O ódio quase sempre se concentra na família ou colegas.
As crianças costumam começar a odiar com cerca de 12 anos.
O ódio apareceu neste estudo como algo muito pessoal. Pode-se desprezar um político, um personagem ou uma certa maneira de pensar, mas o ódio verdadeiro, real, é projetado quase sempre em círculos muito específicos de suas pessoas mais próximas.

O ódio é a morte do pensamento e da liberdade
Já disse Buda, o que te irrita te domina. Aquilo que desperta em nós o ódio e rancor nos faz cativos uma emoção que, acredite ou não, se expande com a mesma intensidade e negatividade. Pense no pai que chega em casa cheio de ressentimento para com seus chefes e conta dia e noite para sua esposa e filhos o seu desprezo, sua aversão. Todas essas palavras e esse modelo de conduta são revertidos diretamente nos menores.
“Em um mundo cheio de ódio devemos ousar perdoar e ter esperança. Em um mundo habitado por ódio e desespero, ainda temos que ousar sonhar.”

Sabemos também que não é tão fácil apagar o fogo do ódio do nosso cérebro. Parece que conceder perdão para aqueles que nos ferem e humilham é como ceder, mas ninguém merece uma existência cativa. Com isso negligenciamos o essencial: permitir-nos ser felizes. Viver em liberdade.

Vale a pena refletir sobre as seguintes dimensões.

Como nos libertamos da armadilha do ódio
O ódio tem um circuito muito específica do cérebro que se projeta para áreas responsáveis pelo julgamento e responsabilidade alojados no córtex pré-frontal. Como observamos no início, o ódio não é cego, portanto, podemos racionalizar e controlar esses pensamentos.

Desabafe esse rancor com a pessoa responsável argumentando os motivos de seu desconforto e sua dor, assertivamente e respeitosamente. Coloque em palavras suas emoções, tendo claro que muito possivelmente a outra parte não entenderá ou não partilhará a sua realidade.
Depois desse desabafo, de ter deixado sua posição clara, marque um adeus, final. Livre-se desse vínculo de desconforto através do perdão sempre que possível, para assim fechar melhor o círculo e “deixar ir”.
Aceite a imperfeição, a dissonância, o oposto de seus pensamentos, não deixe que nada perturbe a sua calma, sua identidade e sua autoestima.
Desligue o ruído mental, a voz do ressentimento e acenda a luz da emocionalidade mais enriquecedora e positiva. O que vale a pena: o amor de sua família e amigos e paixão por aquilo que te faz feliz e identifica.
É um exercício simples que você deve praticar todos os dias: o desprendimento absoluto de ódio e ressentimento.
Traduzido pela equipe de O Segredo

Fonte: La Mente es Maravillosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário