Como você reage quando
frustrado?
Quem já não
se sentiu frustrado por não alcançar algum propósito, satisfazer uma
necessidade ou realizar algum desejo?
O conceito
de frustração, segundo a Psicologia, é: sentimento resultante da necessidade
não satisfeita por causa de algum bloqueio.
Aqui, para
simplificar, iremos considerar necessidade e desejo como sinônimos, embora não
o sejam.
A frustração
foi extensamente estudada pela Psicologia, já que afeta todo mundo, e chegou-se
a um resumo de quatro fontes principais que bloqueiam a realização de objetivos
pelo homem:
1) ambiente
físico (ex. como satisfazer a sede no deserto);
2)
limitações biológicas (ex. como passar no vestibular tendo baixíssimo QI);
3)
complexidade da constituição psicológica (ex. quando duas necessidades entram
em conflito)
4) ambiente
social (ex. o mundo é dos ricos, mas poucos têm acesso à riqueza).
Bem, essas
são as fontes, mas vou me deter em outro aspecto que é o que realmente
interfere nas relações humanas e consequentemente na convivência com os
semelhantes; os traços de resposta interpessoal, ou seja, como as pessoas agem
em decorrência de suas frustrações.
Quando somos
bebês nos frustramos quase que a todo momento, pois não sabendo falar ainda não
conseguimos comunicar o que está nos faltando, então choramos ou ... berramos.
Conforme
vamos crescendo, bem devagar vamos aprendendo a segurar nossa impaciência
quando uma necessidade ou desejo nosso não é atendido.
Ao chegarmos
à idade adulta é de se esperar que já tenhamos desenvolvido o controle de
nossas primitivas emoções, contudo não é bem assim que acontece na vida real.
Hoje,
assistindo a um programa sobre violência no trânsito, vi alguns exemplos dessa
falta de controle e de indivíduos com um baixo limiar de tolerância à
frustração, ou seja, pessoas que:
a) irritam-se
por qualquer coisa ou
b) tem uma
reação exagerada frente à situação frustrante
A frustração
pode, com o passar do tempo, provocar sentimentos de fracasso pessoal e de
angústia, levando a pessoa a ter atitudes defensivas (defender sua autoconcepção
e afastar as ameaças à sua autoestima) do tipo: agressividade, insociabilidade,
competição, rejeição dos outros, etc.
Vamos ver,
então, algumas das reações de defesa mais comuns.
Agressão:
Acho que
todos vocês já se depararam com alguém do tipo “pavio curto”. Terrível, não é?
E os que
gostam de “armar barraco”?
São pessoas
que invariavelmente levam as coisas para o lado pessoal, não conseguindo se
distanciar emocionalmente de situações frustrantes. São indivíduos que acabam
afastando os demais de seu convívio porque, lá pelas tantas, ninguém mais tem
paciência para aguentar seus chiliques. Em número menor, há também alguns que
voltam a agressão contra si mesmos. A este segundo tipo, mais do que ao
primeiro, eu recomendo terapia para resgatar a autoestima.
Regressão:
Este
comportamento regressivo é muito comum em crianças que se sentem frustradas,
mas acontece também com adultos.
É aquele
típico “ eu levo a bola e ninguém mais joga” rsrs
Ou seja,
pessoas que quando muito frustradas começam a agir como crianças.
Aliás, baixo
limiar de tolerância à frustração denota pessoas imaturas emocionalmente, seja
qual for a maneira como reage.
Afastamento:
É uma
maneira de resolver a situação afastando-se da fonte ou evento causador. Por
exemplo, ao não ser aprovado no vestibular o estudante desiste da carreira
acadêmica e vai procurar emprego. Homem ou mulher, após sofrer uma rejeição
amorosa, não procura mais companhia do sexo oposto para se relacionar.
Repressão:
Essa Freud
explicou: necessidades e angústias, muitas vezes estão sujeitas a forças que as
tornam inacessíveis à consciência, então o indivíduo “esquece” ou reprime a
necessidade insatisfeita.
Por exemplo:
uma pessoa muito religiosa e puritana, que reprimiu seus desejos sexuais, pode
se transformar num bastião da moralidade e “bons costumes” fazendo campanhas
para erradicar a prostituição de sua cidade.
Formação de reação:
Nada mais é
do que manifestar um comportamento oposto àquele que sua necessidade deveria
provocar.
Por exemplo:
uma pessoa muito humilde e submissa pode estar reagindo à sua necessidade de
autoritarismo. Na área sexual é bastante comum encontrar este mecanismo de
defesa além da repressão. Ex. homens extremamente machões e excessivamente
hostis aos homossexuais podem estar reagindo à sua vontade de ter relações com
outros do mesmo sexo.
Vocês,
provavelmente, já devem ter identificado fulano ou sicrana que se enquadram num
destes tipos de resposta interpessoal, não é? Ah, então é por isso que fulano
age daquele jeito? E a sicrana, com seu comportamento tão carola, no fundo quer
mais é cair na gandaia... rsrsrs
Muito louca
a cabeça humana, não? Fruto das incontáveis crenças e condicionamentos
limitantes e repressores a que somos submetidos desde o início da epopeia
humana.
Fonte: http://expandiraconsciencia.blogspot.com
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