RELACIONAMENTO DA NOVA
ERA - JESHUA
Nesta Nova
Era, os relacionamentos passam por uma grande transformação. Os relacionamentos
quase sempre são a fonte das suas emoções mais profundas, indo desde a maior
alegria até a profunda agonia. Nos relacionamentos, vocês podem se
conscientizar de uma dor interna que é essencialmente muito mais antiga do que
o próprio relacionamento, mais antiga até que a sua existência humana.
Nesta era,
vocês são convidados, e muitas vezes desafiados, a chegar a uma autocura na
área dos relacionamentos.
Graças à
nova energia que agora se apresenta, é possível transformar os elementos
destrutivos de um relacionamento em um fluxo de energia positivo, equilibrado,
entre vocês e a outra pessoa.
No entanto,
cura e transformação pessoal também podem significar que vocês terão que
abandonar relacionamentos nos quais vocês não possam se expressar
apropriadamente.
Com
freqüência isto significa que, mesmo que vocês amem muito uma pessoa, vocês
terão que lhe dizer adeus, porque o caminho interior de cada um leva-o para um
lugar diferente. Quer isso leve à renovação ou à dissolução de um
relacionamento, todos vocês são desafiados a encarar as questões mais profundas
na área das ligações pessoais.
O chamado do
coração, da energia baseada no coração que caracteriza a Nova Era, entrou no
seu dia-a-dia e vocês não podem mais evitar a nova energia.
É uma dor
muito antiga, muito mais antiga do que esta vida, mais antiga ainda do que as
suas vidas anteriores na Terra. Quero levá-los de volta à dor original do seu
nascimento como alma.
Houve um
tempo em que tudo era inteiro e indiviso. Vocês podem imaginar isto? Permitam
que a sua imaginação viaje livremente por uns instantes. Simplesmente imaginem:
vocês não estão num corpo, vocês são pura consciência e fazem parte de um vasto
campo energético que os envolve de um modo confortável.
Vocês sentem
que são parte desta unidade e são tratados carinhosa e incondicionalmente. Sintam como este campo de
energia os envolve como um manto imensamente confortável, como uma energia
abundantemente amorosa, que lhes permite explorar e se desenvolver livremente,
sem jamais duvidar de vocês nem do seu direito intrínseco de ser quem vocês
são. Nenhuma ansiedade, nenhum medo.
Esta
sensação de conforto e segurança constituiu as condições pré-natais, das quais
vocês emergiram como almas individuais. Era um útero cósmico.
Mesmo que
isto esteja remotamente longe do seu atual estado, seus corações ainda anseiam
por esta sensação de completude e inteireza, pelo sentimento de absoluta
segurança que vocês vivenciaram sob aquele manto de amor e benevolência.
A sensação
de unidade da qual vocês se lembram era Deus. Juntos, naquele manto de amor,
vocês constituíam Deus.
Num
determinado momento, dentro dessa consciência divina ou “manto de amor”,
decidiu-se criar uma nova situação. É muito difícil colocar isto em palavras
humanas, mas talvez vocês possam imaginar que em Deus, essa consciência una,
havia um desejo de “algo diferente”, algo além da unidade. Havia, por assim
dizer, um desejo de experiência.
Quando se
está completamente assimilado pela totalidade do puro ser, não se experiencia
nada… simplesmente se é. Devido ao êxtase e à total segurança desse estado de
ser, havia uma parte de Deus, uma parte dessa consciência cósmica, que queria
explorar e evoluir. Esta parte “separou-se de si mesma”.
Vocês são
uma parte de Deus. Certa vez a sua consciência concordou com esta experiência
de sair da unidade e tornar-se um “eu”, uma entidade em si mesma, uma
consciência individual definida. Este foi um grande passo.
Do fundo do seu
ser, vocês sentiram que isto era uma coisa boa. Sentiram que o anseio por
criatividade e renovação era uma aspiração positiva e valiosa. No entanto, no
momento em que vocês realmente se separaram do campo da unidade, houve muita
dor.
Pela
primeira vez na sua lembrança, pela primeira vez na sua vida, vocês sentiram
uma dor profunda. Vocês foram arrancados de um reino de amor e segurança que
tinha sido completamente incontestável para vocês. Esta é a dor do nascimento,
à qual Eu me referi.
Mesmo nas
primeiras experiências intensas de desolação, alguma coisa nas profundezas de
si mesmos, lhes dizia que “tudo estava bem”, que esta era a sua própria
escolha. Mas a dor era tão profunda, que nas camadas mais externas do seu ser,
vocês ficaram confusos e desorientados.
E ficou
difícil manter-se em contato com o seu conhecimento interior mais profundo, com
o nível interno no qual vocês são Deus e sabem que “tudo está bem”.
Eu chamo
essa parte atormentada, que surgiu nesse momento, de criança interior. A sua
alma, a sua individualidade única, carrega dentro de si os dois extremos – de
um lado, o puro conhecimento divino e, de outro lado, uma criança cósmica
traumatizada.
Esta união
de Deus e Criança, de conhecimento e experiência, começou uma longa jornada.
Vocês começaram como almas individuais. Vocês começaram a investigar e
experienciar como é ser um “eu”, um indivíduo definido.
Deus tinha
transformado uma parte dele mesmo em Alma. A alma precisa de experiência para
reencontrar as suas origens divinas. A alma precisa estar viva, experimentar,
descobrir, autodestruir-se e recriar… sentir quem ela verdadeiramente é, ou
seja, Deus.
A
manifestação como um ser uno e completo
tinha se despedaçado e precisava ser reconquistada pela experiência. Isto, por
si mesmo, era uma grande proeza de criatividade. O nascimento da consciência do
Eu foi uma espécie de milagre! Ela nunca tinha existido antes.
Com
freqüência vocês procuram transcender os limites da individualidade do Eu, para
experienciar a integridade e a profunda unidade outra vez. Pode-se dizer que
este é o verdadeiro objetivo da sua jornada espiritual. Mas, pensem um pouco:
do ponto de vista de Deus, a individualidade do Eu, a separação, é que constitui o milagre!
O estado de
ser UM era a situação normal, “como sempre tinha sido”. No milagre de ser uma
alma individual, oculta-se uma grande beleza, alegria e poder espiritual.
O motivo de
vocês não experienciarem isto desta forma, é que vocês ainda estão lutando com
a dor do seu nascimento como almas. Em algum lugar nas profundezas do seu ser,
ainda ressoa o grito primordial de angústia e sentimento de traição; é a
lembrança de ter sido arrancado da sua Mãe/Pai, do onipresente manto de amor e
segurança.
Na jornada
através do tempo e da experiência, vocês passaram por muitas coisas. Vocês
experimentaram todos os tipos de formas. Houve várias encarnações nas quais
vocês não tinham a forma de um corpo humano, mas isto não é relevante agora.
O que me
importa, neste contexto, é que, através de toda essa longa história, vocês foram
guiados por dois motivos diferentes. Por um lado, havia o prazer da exploração,
criação e renovação, e, por outro, havia a saudade, a sensação de ter sido
expulso do paraíso, e uma solidão insuportável.
Através da
parte aventureira e progressiva de vocês, da energia que os empurrou para fora
do útero cósmico, vocês vivenciaram e criaram muitas coisas.
Mas, devido
à saudade e à dor do nascimento que vocês carregam dentro de si, vocês também
tiveram que lidar com muito trauma e desilusão. Assim, as suas criações nem
sempre foram benevolentes. Durante a sua jornada através do tempo e do espaço,
vocês fizeram coisas das quais se arrependeram mais tarde. Coisas que vocês
poderiam chamar de “ruins” (entre aspas).
Da nossa
perspectiva, estas ações foram simplesmente o resultado da sua determinação de
mergulhar na experiência e se aventurar no desconhecido. Vejam, a partir do
momento em que vocês decidem tornar-se um indivíduo, separar-se da unidade
incontestável, vocês não podem experienciar apenas a luz. Vocês têm que
descobrir tudo de novo. Então, vocês vão experienciar inclusive a escuridão.
Vocês vão experienciar tudo que existe, em todos os extremos.
No ponto de
evolução em que vocês se encontram atualmente, vocês começam a entender que
tudo se mantém ou cai com o poder que adquirem ao abraçarem verdadeiramente o
seu Eu. É uma questão de abraçar verdadeiramente a sua própria divindade e, a
partir dessa autoconsciência, vivenciar alegria e abundância.
No instante
do seu nascimento cósmico, no momento em que vocês foram envolvidos pela
desolação e a dor, vocês começaram a se sentir pequeninos e insignificantes. A
partir desse momento, vocês começaram a procurar alguma coisa que pudesse
salvá-los – um poder ou força fora de vocês, um deus, um líder, um parceiro, um
filho, etc…
No processo
de despertar que vocês estão vivenciando agora, vocês compreendem que a
segurança essencial que vocês estão buscando não vai ser encontrada em nada que
esteja fora de vocês, seja num dos pais, num amante, ou em um deus. Por maior
que seja a intensidade com que esse desejo ou saudades seja disparado em um
determinado relacionamento, vocês não encontrarão esta segurança básica nele,
nem mesmo no seu relacionamento com Deus.
Pois o Deus
no qual vocês acreditam – o Deus que lhes foi legado pela sua tradição e que
ainda influencia intensamente a sua percepção – é um Deus que está fora de
vocês. É um Deus que programa as coisas por vocês, que traça o caminho para
vocês. Mas este Deus não existe.
Vocês são
Deus, vocês são a parte criativa de Deus que decidiu seguir o seu próprio
caminho e experienciar as coisas de uma forma totalmente diferente. Vocês
tinham certeza que conseguiriam curar-se da sua ferida primordial do
nascimento.
Pode-se
dizer que essa energia expansiva de exploração e renovação é uma energia
masculina, enquanto a energia da unificação, da união, a energia do Lar, é
feminina. Estas duas energias pertencem à essência de quem vocês são. Como
almas, vocês não são nem masculinos nem femininos. Essencialmente, vocês são
ambos – masculino e feminino.
Vocês
começaram a sua jornada com esses dois ingredientes. E agora chegou o momento
de permitir que eles trabalhem juntos em harmonia, o que significa vivenciar
verdadeiramente a totalidade no seu ser. Depois de terem negado a sua própria
grandeza por tanto tempo, finalmente vocês vão começar a tomar consciência de
que não há outra alternativa senão a de ser o Deus que vocês estão procurando.
Este é o
último passo que vocês têm que dar em direção à iluminação: compreender que
vocês são o Deus pelo qual vocês imploram. Não existe nada fora de vocês que
possa levá-los ao âmago do seu próprio poder, à sua totalidade. Só vocês mesmos
podem fazer isso; vocês são Deus e sempre foram! Vocês sempre estiveram
esperando por vocês mesmos.
Acender esta
chama de autoconsciência dentro de vocês lhes traz tanta alegria, uma sensação
tão profunda de volta ao lar, que põe todos os seus relacionamentos dentro de
uma nova perspectiva. Por exemplo, vocês se preocupam menos com o que as outras
pessoas lhes dizem. Se alguém os critica ou duvida de vocês, vocês não
consideram isso como algo pessoal. Vocês se sentem menos atingidos ou ansiosos
para reagir.
Vocês deixam
isso passar com mais facilidade, e desaparece a necessidade de se defenderem –
tanto para si mesmos quanto para a outra pessoa. Se vocês são facilmente
abalados emocionalmente pelo que outra pessoa pensa de vocês, isso indica que
existe uma desconsideração por si mesmos, que faz com que vocês dêem crédito às
opiniões negativas dos outros.
Este falta de apreço por si mesmos não se
resolve procurando um conflito com os outros, mas só voltando-se para o seu
próprio interior e entrando em contato com suas feridas emocionais internas,
pois elas são muito mais antigas do que esse momento específico de rejeição.
De fato,
todas as dores de rejeição, todas as dores de relacionamentos, têm origem na
dor primordial, na dor ainda não curada do nascimento. Pode parecer que Eu
estou dando um passo muito grande aqui, pois existem vários tipos de situações
complexas nos relacionamentos, que parecem indicar que a causa está mais
próxima. Pode lhes parecer que a sua dor é causada por algo que o seu
parceiro/a fez ou não fez. Pode lhes parecer que alguma coisa externa a vocês
está causando a dor. Mas deixem que Eu lhes diga: basicamente vocês estão
trabalhando na cura de uma dor antiga que está dentro de vocês mesmos. Se vocês
não estiverem conscientes disto, vocês podem facilmente se enredar em problemas
de relacionamentos, que podem ser extremamente dolorosos.
Especialmente
em relacionamentos entre homem e mulher (relacionamentos amorosos), vocês
freqüentemente tentam forjar uma espécie de unidade e segurança entre ambos,
que lembra o estado primordial de unidade do qual vocês têm uma vaga lembrança.
Subconscientemente, vocês tentam recriar a sensação de estar confortavelmente
envolvidos em um manto de amor e aceitação incondicionais.
Existe uma
criança dentro de cada um de vocês, que está chorando por essa aceitação
incondicional. No entanto, se essa criança coloca seus braços ao redor da
(parte) criança do seu parceiro/a, isto muito freqüentemente resulta num
controle sufocador, que bloqueia a auto-expressão genuína de ambos os
parceiros.
O que
acontece é que vocês se tornam emocionalmente dependentes e sempre vão precisar
do amor ou da aprovação de outra pessoa para o seu bem estar. Dependência
sempre acaba se transformando em questões de poder e controle, pois precisar de
uma pessoa é o mesmo que querer controlar o comportamento dela.
Este é o
começo de um relacionamento destrutivo. Desistir da sua própria individualidade
num relacionamento, guiados por um anseio subconsciente pela unidade absoluta,
é destrutivo tanto para vocês mesmos quanto para a outra pessoa.
O verdadeiro
amor entre duas pessoas mostra dois campos de energia que podem funcionar em
completa independência um do outro. Cada um deles é uma unidade em si mesmo e
se conecta com o outro na base da unidade. Em relacionamentos nos quais os
parceiros dependem um do outro, encontramos um esforço não coordenado por uma
“totalidade orgânica”: um não querendo ou não sendo capaz de funcionar sem o
outro.
Isto leva a
um entrelaçamento de energias que pode ser observado no campo áurico de ambos
como cordões, através dos quais os parceiros alimentam um ao outro. Eles se
alimentam com as energias adicionais de dependência e controle. Este tipo de
entrelaçamento de energia indica que vocês não se responsabilizam por si
mesmos, que vocês não encaram a antiga ferida da alma que só vocês mesmos podem
curar.
Se vocês
simplesmente se voltassem para essa dor mais profunda e assumissem a
responsabilidade por si mesmos, veriam que vocês não precisam de ninguém mais
para ser completos, e se libertariam do aspecto destrutivo do relacionamento.
© Pamela Kribbe 2006
Tradução por Vera
Corrêa
Revisão: Luiz Corrêa.
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