VIDA, CONSCIÊNCIA E A HERANÇA DO ANTIGO EGITO
Mensagem de Jeshua
canalizada por Pamela Kribbe,
no Egito, em março de 2017
Queridos amigos, Eu Sou Jeshua e saúdo-os às margens do
Nilo!
Estou tão contente de estar aqui com vocês! Como família,
nós nos reunimos com muita frequência, em lugares diferentes, em culturas
diferentes. Existe um fio que nos une e guia; é o fio da vida e consciência que
procura manifestar-se mais ampla e profundamente na Terra.
A vida em nós anseia por consciência. E a consciência em nós
deseja vida. A Terra nos oferece vida através de nossos corpos e emoções. Estes
representam a Vida em nós, como um rio sempre fluindo, algumas vezes selvagem e
incontrolável, fazendo-nos sentir como se estivéssemos nos afogando, inseguros
sobre a direção que estamos tomando.
Ao testemunharem sua entrega despreocupada às forças e
ciclos da vida, vocês podem compreender que o sentido da vida não pode estar do
lado de fora, mas dentro da experiência da própria vida.
Entretanto, viver a vida requer consciência. Quanto mais
conscientes e atentos vocês forem, mais abundante e plena a vida se tornará.
Como seres humanos, lhes é solicitado que expandam sua consciência, para que a
vida possa evoluir e expressar-se de modos mais criativos. A consciência traz
mais espaço e liberdade.
Ao observarem os animais na natureza, verão que eles estão
cheios de vida pura, no entanto a maioria se mantém confinada ao reino de seus
instintos, à sua animalidade. Cada um de vocês, como ser humano, também possui
uma natureza animal, mas, ao mesmo tempo, traz dentro de si uma centelha de luz
e percepção, que lhe dá a possibilidade de transcender sua natureza animal e
acrescentar algo mais a ela. Este algo mais é a sua consciência, que permeia a
vida com significado, direção e, finalmente, amor.
Esta consciência é você; é a centelha divina em seu
interior. Esta centelha divina deseja fundir-se e dançar com a vida, com a
encarnação, com a carne e o sangue do seu corpo. A centelha original de Deus,
que se encontra dentro de você, tem o desejo de vivenciar a vida ao máximo,
absorvê-la em todas as células do seu corpo, em benefício da própria
experiência. A consciência anseia por vida, e a vida deseja consciência. Se
você deixar que elas dancem juntas, encontrará significado e satisfação em sua
vida.
O ser humano geralmente pensa que precisa conseguir algo em
particular na sua vida, e mantém seu foco em algum tipo de objetivo ou
propósito final. Se ainda estiver preso aos padrões da sociedade, aos valores
do mundo exterior, vivendo a maior parte do tempo de acordo com eles,
provavelmente estará focalizando metas externas, como um bom emprego ou
carreira de sucesso, um relacionamento ou casamento, filhos, casa… Se estiver
mais orientado para a espiritualidade e o mundo interior, poderá estar buscando
purificação, iluminação ou equilíbrio interior.
Este último pode parecer um objetivo mais respeitável, no
entanto, mesmo com o desejo de alcançar a iluminação, você não toca o motivo
essencial da sua presença aqui. Por trás de todo o seu esforço nessa busca,
geralmente há uma negação da própria vida. Você está aqui para experienciar a
vida – em total entrega – e em seguida envolver essa experiência com a sua
consciência, como braços abraçando a vida e sustentando-a para que floresça e
evolua. Mas muitas vezes você luta com a vida.
Na maioria das pessoas, o poder original da Consciência se
reduziu à energia do pensamento e análise, à energia da cabeça. Você tem
emoções, desejos e paixões, e então começa a pensar: “Como devo lidar com isto?
Isto é bom ou é ruim? Como posso entender isto, controlá-lo, mudá-lo? Como
posso atingir minhas metas?”
Deste modo, a Vida dentro de você – em sua manifestação
livre e indomável – é interrompida e restringida. Ela é contrariada, e até
atacada, pelo pensamento. Ao invés de uma dança mútua entre a Vida e a
Consciência, surge um vazio e elas se tornam separadas dentro de você. A vida
fica reduzida a emoções (reprimidas), e a Consciência fica confinada ao
pensamento (geralmente de preocupação).
Isto aconteceu com praticamente todas as pessoas: uma
separação entre sua parte pensante – que julga e procura controlar – e sua
parte emocional, que tem vida própria e realmente não pode ser restringida pela
mente. Você foi dividido. Vida e consciência não conseguem unir-se dentro de
você.
E assim você passa a se perceber como um ser constituído de
um eu “superior” e um eu “inferior”. Sua parte pensante não é capaz de lidar
construtivamente com suas paixões e emoções. A maioria das religiões da Terra
procura controlar ou “transcender” a energia emocional e a sexual no ser humano
– danificando, assim, a fonte viva da criatividade e inspiração em seu
interior. Somente muito poucos ensinamentos espirituais abraçam totalmente a
Vida, a natureza, a Terra, reconhecendo-as como parceiras da Consciência.
O que estou contando aqui não é uma simples estória
abstrata. Todos vocês passaram por esta luta dolorosa com sua própria natureza
humana, este abismo artificial entre vida e consciência; e não somente nesta
vida, mas em vidas anteriores também. Você sabe o que é sentir-se dividido
internamente, separado do seu eu verdadeiro, seu eu real. Seu eu verdadeiro
está muito vivo. Comparado com seu eu verdadeiro, você está metade morto!
Há tanta coisa que você não está se permitindo fazer ou
sentir! Você carrega tantos tabus dentro de si: “Este sentimento (ou desejo, ou
pensamento) é ruim; eu devia superá-lo! Como ainda não me libertei disto?” Uma
sensação de fracasso ou de estar constantemente falhando o acompanha. Deste
modo, a vida não consegue aproximar-se de você, e nem você dela.
Você tem um relacionamento problemático com sua natureza
humana. Isto impede a alma de entrar na sua vida e no seu ser. A alma deseja
viver! Ela quer mostrar a si mesma através das suas emoções, sonhos e desejos,
luz e escuridão, “bom” e “ruim”. A alma quer se vestir com a sua natureza
humana, com o seu corpo vivente. Você está lhe negando acesso porque não está
se permitindo ser.
Eu não estou criticando-o por isto; meu objetivo é fazer com
que se conscientize de que você vem de uma longa tradição, na qual as pessoas
tentaram controlar a vida (tanto a vida interior – sua natureza humana – quanto
a exterior, ou seja, a própria Terra). Meu objetivo é torna-lo consciente dessa
questão, para que possa começar a se libertar dela.
Cada um de vocês carrega consigo uma longa história. É
significativo que este grupo esteja aqui no Egito, neste momento, neste lugar e
instante. Eu gostaria de falar algo especificamente sobre isto.
No Antigo Egito havia muito conhecimento disponível a
respeito do mundo interior, da psique, e havia também uma conexão aberta com
outros reinos fora da Terra. O uso de poderes psíquicos e do terceiro olho era
muito mais comum do que é hoje. Não existia nenhuma separação entre o normal e
o paranormal. A energia psíquica, a energia de intenção e foco, era aplicada em
diversos empreendimentos do cotidiano e usada, inclusive, na construção de
edifícios, na política, na guerra e no comércio.
A espiritualidade fazia parte da existência diária e
influenciava todos os aspectos da vida. Por um lado, havia uma profunda
consciência do poder da psique humana e sua capacidade de criar e alterar a
realidade física. O conhecimento esotérico atingiu um nível muito elevado. Por
outro lado, havia um grande desequilíbrio e injustiça social no Egito antigo.
Durante muitos séculos, as elites de poder se agarraram
firmemente às suas posições privilegiadas e impediram que pessoas comuns
expandissem sua consciência. Havia, ao mesmo tempo, florescimento e repressão
da consciência. O abuso e a manipulação do poder psíquico eram usados
habitualmente, e a inspiração original, que chegava à cultura egípcia de outros
reinos do universo, era em grande parte reprimida e desfigurada por aqueles que
estavam no poder.
As influências extraterrestres, das quais falo, continham
sementes puras de luz que visavam ajudar a humanidade a adquirir mais liberdade
e consciência. O conhecimento que era canalizado para a Terra tinha o propósito
de capacitar os seres humanos a conectar sua natureza animal com a presença da
sua alma; de criar uma ponte entre a personalidade e a alma, entre a vida e a
consciência.
O Egito foi o berço e a terra natal de profundo conhecimento
esotérico, vindo à Terra de lugares altamente desenvolvidos do universo. Esse
conhecimento e consciência eram recebidos pelos corações e mentes das pessoas
que viviam naquela época, e que estavam abertas ao influxo dessa consciência
nova, clara e revolucionária.
Eram artistas, escritores, pessoas comuns com o coração
aberto, e alguns governantes que enxergavam além da necessidade de poder. A
arte, os mitos e os edifícios monumentais do Antigo Egito são testemunhas da
profundidade e poder desse impulso cósmico.
Há uma espécie de magia na cultura do Egito Antigo, que pode
ser sentida como um chamado, quando se caminha entre os restos dos templos e
tumbas. Muitos de vocês viveram nessa área no passado. Vocês conhecem o lado
luz e o lado sombra dessa cultura. E têm uma percepção inata do que aconteceu
com o conhecimento esotérico e os poderes do terceiro olho – como eles foram
corrompidos em favor das lutas de poder e guerras.
Alguns de vocês foram canais ou sensitivos e sentiam uma
conexão verdadeira da vida com os campos de força sobrenatural e as energias
superiores. E enfrentaram um dilema angustiante… como expressar seu
conhecimento e inspiração num ambiente que poderia usá-los para benefício
pessoal, ou para reprimir a liberdade e a verdade?
Vocês ainda trazem dentro de si a dor relacionada ao abuso
do poder daquela época, a ainda podem ser assombrados pelo medo de comprometer
sua integridade quando começam a usar seus dons de leitura psíquica, cura e
canalização hoje em dia.
Estou aqui para lhes dizer que podem fazer isto agora; vocês
podem usar sua capacidade de canalizar, de perceber energias e compartilhar
seus conhecimentos dos reinos internos, da vida e da morte. O impulso de luz e
conscientização, que foi a origem das mais elevadas expressões da cultura
egípcia, ainda está esperando para ser totalmente recebido. Ele não pode ser
absorvido completamente naquela época, porque a consciência humana na Terra
ainda não estava pronta.
Podemos compará-la com o nascimento de uma criança morta.
Ela foi trazida à Terra, mas ainda não podia viver aqui; as circunstâncias eram
muito difíceis, e o bebê era frágil demais. Entretanto, apesar de ser um
natimorto, essa criança estava lá e foi notada, foi reconhecida por algumas
pessoas como portadora de luz e liberdade.
Vocês são chamados aqui hoje para trazer sua sabedoria,
intuição e clareza mental para o mundo, compartilhá-las a partir de um coração
aberto, sem abusar do poder, e respeitando sua condição humana. Vocês estão
aqui para completar a missão, para cumprir uma promessa que lhes era muito
querida. Vocês são os portadores da luz; e estão aqui para criar mudanças.
Agora é possível fazer isto sem medo de perder a liberdade e integridade.
Vocês vivem numa época diferente agora. A consciência
coletiva está atingindo o limite de medo e separação. Existe uma
conscientização crescente da necessidade de mudança, não somente no nível
externo, mas também no interno, uma mudança de coração. A humanidade está
começando a perceber que a energia mais necessária agora é o Amor.
O Amor é a energia da conexão, ele reconhece o que une as
pessoas, o que as torna iguais; ele cria empatia e compaixão. O Amor é o
construtor de pontes. O Amor é a ponte entre o Céu e a Terra. A presença do
Amor está crescendo na sociedade humana como um todo. Cada vez mais pessoas
estão sendo encorajadas a respeitar e expressar sua natureza individual; isto é
um sinal de amor.
Ser livre para explorar o que se é e expressar a si mesmo –
seja feminino, masculino, jovem, velho, rico, pobre, etc… – está sendo cada vez
mais considerado um objetivo desejável, hoje em dia. Isto é um progresso
incrível! Embora a realidade ainda não corresponda ao ideal em muitas áreas do
mundo, o fato deste objetivo ser publicamente considerado respeitável e
essencial é um indício de expansão da consciência.
A livre expressão da sua natureza individual não era
possível no Egito antigo, ou apenas muito limitada. Mas, desta vez, você nasceu
num mundo em que existe cada vez mais espaço para a vida novamente. A
personalidade humana, com todas as suas paixões, emoções e peculiaridades, pode
vir à luz da conscientização agora e ser redimida.
Este é realmente o verdadeiro propósito da espiritualidade,
da consciência: honrar e respeitar a vida em sua expressão mais individual, que
é a alma humana, e ajudá-la a desabrochar e se expandir com criatividade e
alegria.
Para conectar vida e consciência dentro de si, acolha a sua
vitalidade, suas emoções, sua natureza humana. Acolha-as sem julgamento, aceite
a si mesmo, seja livre! Abandone os julgamentos espirituais, não se reprima,
mas permita que sua consciência aberta penetre profundamente suas emoções mais
sombrias. Esta é a alquimia que você está procurando.
Quando permitir que a consciência e a vida, a percepção e a
emoção dancem juntas num abraço amoroso, você se tornará livre! Aprenderá a
entender as mensagens por trás das suas emoções mais sombrias e mais luminosas,
e trabalhará com elas ao invés de lutar contra elas. Vida é emoção. A vida, em
forma de emoção, grita para a consciência: “Veja-me, sinta-me, preencha-me com
sua luz!”
A alma é a portadora da consciência, e quanto mais você
envolve suas emoções com consciência, mais facilmente sua alma desce e se funde
com sua personalidade. Quando isto acontece, você se sente vivo e feliz, embora
os problemas continuem vindo e indo, e você tenha que enfrentar as questões
típicas, que todos os seres humanos enfrentam.
A alegria é o sinal mais confiável de que você está se
tornando inteiro: uma fusão entre vida e consciência, sempre se movendo e se
desenvolvendo, e, ao mesmo tempo, seguro nos braços da Eternidade.
Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
DE CORAÇÃO A CORAÇÃO – http://www.decoracaoacoracao.blog.br
DE CORAÇÃO A CORAÇÃO – https://lecocq.wordpress.com
© Pamela Kribbe www.jeshua.net
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@gmail.com
Grata Vera!
LUZ!
STELA
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