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segunda-feira, 11 de julho de 2016
Na Companhia dos mais Avançados
Na Companhia dos mais Avançados
“Quando duas ou mais pessoas estão juntas, sendo uma delas mais evoluída que a outra ou outras, a pessoa mais evoluída, pensando, desejando, atuando, estabelece em seus próprios corpos mental, astral e físico, uma série de vibrações que correspondem às mudanças em sua consciência; estas vibrações similares na matéria mental, astral e física que está entre ela e a pessoa ou pessoas menos avançadas presentes.
Estas vibrações na matéria interveniente causam vibrações similares no corpo ou corpos vizinhos. Elas são imediatamente respondidas por mudanças correspondentes na consciência ou consciências corporificadas, e a pessoa ou pessoas, colocadas assim ‘em rapport’ com alguém mais avançado, pensam, desejam e agem a um nível mais elevado do que seria possível por sua própria iniciativa. São capazes de compreender com mais agudeza, sentir com mais calor e agir com mais nobreza do que poderiam sem ajuda.
Quando o estímulo se afasta, elas gradualmente descem de novo a seu nível normal, mas a memória permanece, e lembram que ‘souberam’. Além disso, será mais fácil para elas responderem uma segunda vez, e assim sucessivamente, até que se estabeleçam permanentemente no nível mais elevado.
Daí o valor da companhia daqueles que estão mais avançados que nós, e de viver ‘em sua atmosfera’. Palavras não são necessárias; pode haver pouca conversa, mas imperceptivelmente o corpo sutil sintoniza num ponto mais elevado, e talvez só quando a companhia se interrompe é que o mais jovem toma consciência da mudança que foi produzida pelo contato com o mais velho.
Resultados similares podem ser alcançados através da leitura dos escritos daqueles que são mais evoluídos do que nós. Uma série de mudanças similares tem lugar, embora menos poderosamente do que quando estimuladas pela presença direta. Além disso, o estudo reverente e determinado pode atrair a atenção do escritor, quer ele esteja ou não em seu próprio corpo, e pode atraí-lo ao estudante, fazendo com que este último fique envolvido na sua atmosfera numa intensidade comparável àquela em que estivesse fisicamente presente.
Daí o valor de ler literatura nobre; nós somos elevados durante aquele tempo até o nível dela, e esta leitura, se perseverarmos, não só nos elevará a um nível superior, mas também nos estabelecerá nele. Em consequência disso, é grande o valor de uma leitura breve antes da meditação, porque nos transporta a uma atmosfera mais favorável ao trabalho da meditação do que poderíamos começar sem nenhuma ajuda. Daí, igualmente, o valor dos ‘lugares santos’, porque em tais lugares de meditação a atmosfera está literalmente vibrando numa faixa mais elevada do que a nossa própria; e por isso nos aconselham com tanta frequência a mantermos, se possível, uma peça ou lugar separado para meditar; o local ganhará em pouco tempo uma atmosfera mais pura e sutil que o mundo circundante.
O conhecimento destas leis terá pouca utilidade para o estudante teosófico se ele não as aplicar em sua própria ajuda e em favor dos outros ao seu redor.” – Annie Besant Livro “A Doutrina do Coração” Editora Teosófica
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