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sábado, 28 de maio de 2016

A LEI DO RETORNO

A LEI DO RETORNO

A LEI DO RETORNO

 Tudo retorna à sua fonte. Essa é a lei da natureza. A natureza se move em um círculo perfeito, de modo que tudo tem que retornar à sua fonte. Conhecendo a fonte, você pode conhecer o objetivo -… Porque o objetivo não pode ser outro que não a fonte… Alguém quer se iluminar – esse é um objetivo artificial. Não estou dizendo que as pessoas não se iluminam, mas estou dizendo que não se faça disso um objetivo.

As pessoas se tornam iluminadas apenas quando caíram de volta à sua fonte original, quando se tornaram naturais, elas estão iluminadas. Deixe-me repetir mais uma vez: a iluminação é um estado natural. Não é um estado supra-consciente, ou supra-mental … Tudo finalmente retorna à sua fonte; portanto, o céu e o inferno são metas arbitrárias, criadas, inventadas pelos sacerdotes para dominar as pessoas.


A grande estratégia – que funciona há milhares de anos … Eu também digo: não há céu nem inferno, não há castigo nem recompensa na vida após a morte. Não há ninguém para puni-lo ou recompensá-lo. Cada ato tem sua própria punição e recompensa intrínseca em si. Quando está com raiva, você é punido em sua raiva, por estar com raiva. Não há nenhum castigo além desse … Quando você está amando, nesse próprio ato amoroso, o amor é sua própria recompensa. Não há ninguém tomando nota e fazendo as contas … Não se pode falar com o nada. Isso vai parecer tão tolo.

Você pode falar com Deus, pode dizer: “Pai, que estais no céu …” Mas não pode dizer ao nada “Nada, que estais no céu …” Isso vai parecer tão tolo. Você não pode dizer ao nada “Salve-me!” Será ridículo … Essa é a beleza da palavra “nada”. Ela simplesmente corta as raízes da chamada religião.

Ela cria um tipo diferente de religiosidade – uma religiosidade que entende, mas não reza, uma religiosidade que cai em silêncio, mas não começa a falar com a existência, uma religiosidade que não conhece diálogo exceto o silêncio, silêncio absoluto … Do nada para o nada é toda a jornada … Do nada para o nada nos deslocamos … e bem no meio um sonho momentâneo.
Por que se apegar tanto a ele? Por ficar tão obcecado com isso?

Vendo que viemos do nada e vamos para o nada, no meio também podemos ser nada. Esse é o estado de Buda. Apenas ser nada … nada de especial, nada de extraordinário. É por isso que o monge Zen é o homem mais comum do mundo.
Cortando lenha, carregando água do poço, ele diz: “Que maravilha! Que maravilhoso!”

 Osho – Take It Easy, Volume I

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