sexta-feira, 5 de abril de 2019

Como você reage quando frustrado?


Como você reage quando frustrado?

Quem já não se sentiu frustrado por não alcançar algum propósito, satisfazer uma necessidade ou realizar algum desejo?
O conceito de frustração, segundo a Psicologia, é: sentimento resultante da necessidade não satisfeita por causa de algum bloqueio.
Aqui, para simplificar, iremos considerar necessidade e desejo como sinônimos, embora não o sejam.

A frustração foi extensamente estudada pela Psicologia, já que afeta todo mundo, e chegou-se a um resumo de quatro fontes principais que bloqueiam a realização de objetivos pelo homem:

1) ambiente físico (ex. como satisfazer a sede no deserto);

2) limitações biológicas (ex. como passar no vestibular tendo baixíssimo QI);

3) complexidade da constituição psicológica (ex. quando duas necessidades entram em conflito) 

4) ambiente social (ex. o mundo é dos ricos, mas poucos têm acesso à riqueza).



Bem, essas são as fontes, mas vou me deter em outro aspecto que é o que realmente interfere nas relações humanas e consequentemente na convivência com os semelhantes; os traços de resposta interpessoal, ou seja, como as pessoas agem em decorrência de suas frustrações.
Quando somos bebês nos frustramos quase que a todo momento, pois não sabendo falar ainda não conseguimos comunicar o que está nos faltando, então choramos ou ... berramos.
Conforme vamos crescendo, bem devagar vamos aprendendo a segurar nossa impaciência quando uma necessidade ou desejo nosso não é atendido.
Ao chegarmos à idade adulta é de se esperar que já tenhamos desenvolvido o controle de nossas primitivas emoções, contudo não é bem assim que acontece na vida real.
Hoje, assistindo a um programa sobre violência no trânsito, vi alguns exemplos dessa falta de controle e de indivíduos com um baixo limiar de tolerância à frustração, ou seja, pessoas que:

a) irritam-se por qualquer coisa ou

b) tem uma reação exagerada frente à situação frustrante

A frustração pode, com o passar do tempo, provocar sentimentos de fracasso pessoal e de angústia, levando a pessoa a ter atitudes defensivas (defender sua autoconcepção e afastar as ameaças à sua autoestima) do tipo: agressividade, insociabilidade, competição, rejeição dos outros, etc.
Vamos ver, então, algumas das reações de defesa mais comuns.

Agressão:
Acho que todos vocês já se depararam com alguém do tipo “pavio curto”. Terrível, não é?
E os que gostam de “armar barraco”?
São pessoas que invariavelmente levam as coisas para o lado pessoal, não conseguindo se distanciar emocionalmente de situações frustrantes. São indivíduos que acabam afastando os demais de seu convívio porque, lá pelas tantas, ninguém mais tem paciência para aguentar seus chiliques. Em número menor, há também alguns que voltam a agressão contra si mesmos. A este segundo tipo, mais do que ao primeiro, eu recomendo terapia para resgatar a autoestima.

Regressão:
Este comportamento regressivo é muito comum em crianças que se sentem frustradas, mas acontece também com adultos.
É aquele típico “ eu levo a bola e ninguém mais joga” rsrs
Ou seja, pessoas que quando muito frustradas começam a agir como crianças.
Aliás, baixo limiar de tolerância à frustração denota pessoas imaturas emocionalmente, seja qual for a maneira como reage.

Afastamento:
É uma maneira de resolver a situação afastando-se da fonte ou evento causador. Por exemplo, ao não ser aprovado no vestibular o estudante desiste da carreira acadêmica e vai procurar emprego. Homem ou mulher, após sofrer uma rejeição amorosa, não procura mais companhia do sexo oposto para se relacionar.

Repressão:
Essa Freud explicou: necessidades e angústias, muitas vezes estão sujeitas a forças que as tornam inacessíveis à consciência, então o indivíduo “esquece” ou reprime a necessidade insatisfeita.
Por exemplo: uma pessoa muito religiosa e puritana, que reprimiu seus desejos sexuais, pode se transformar num bastião da moralidade e “bons costumes” fazendo campanhas para erradicar a prostituição de sua cidade.

Formação de reação:
Nada mais é do que manifestar um comportamento oposto àquele que sua necessidade deveria provocar.
Por exemplo: uma pessoa muito humilde e submissa pode estar reagindo à sua necessidade de autoritarismo. Na área sexual é bastante comum encontrar este mecanismo de defesa além da repressão. Ex. homens extremamente machões e excessivamente hostis aos homossexuais podem estar reagindo à sua vontade de ter relações com outros do mesmo sexo.
Vocês, provavelmente, já devem ter identificado fulano ou sicrana que se enquadram num destes tipos de resposta interpessoal, não é? Ah, então é por isso que fulano age daquele jeito? E a sicrana, com seu comportamento tão carola, no fundo quer mais é cair na gandaia... rsrsrs
Muito louca a cabeça humana, não? Fruto das incontáveis crenças e condicionamentos limitantes e repressores a que somos submetidos desde o início da epopeia humana.

Fonte: http://expandiraconsciencia.blogspot.com

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